Consumidor dá a lição: quer preço justo e bons serviços de seus fornecedores

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O que ninguém quer é "comprar gato por lebre", mostra a quarta edição da pesquisa "As empresas que mais respeitam os consumidores", feita pela TNS InterScience e capaz de dar algumas pistas sobre como garantir comemoração, e não protesto, no Dia Mundial do Consumidor, que ocorre hoje. O preço continua tendo um peso importante na hora de contratar um serviço ou adquirir um produto, mas a conclusão é de que o consumidor está mais consciente de seus direitos e atrás da melhor relação custo-benefício, o que virou objeto de estudos nas empresas. "O consumidor está comprando valor. Ele quer o melhor produto, da empresa que tenha responsabilidade social e o melhor atendimento, tudo pelo menor preço", explica Roberto Meir, especialista em relações de consumo e um dos realizadores do estudo.

A Procter & Gamble, a maior em produtos de consumo do mundo e há 18 anos no Brasil, já descobriu isso. Baseada em reclamações e sugestões dos clientes, a companhia alterou embalagens, acrescentou tamanhos diferentes e lançou novos produtos. A tradicional pomada Hipoglós é um exemplo. Comercializada há mais de 60 anos no país somente em embalagem de 45g em tubo metálico, ganhou tubos plásticos de 90g e 45g e, recentemente, a embalagem de 135g com tampa abre fácil.

Outro estudo – divulgado no mês em que se comemoram os 16 anos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), criado em 11 de março de 1991 – vem da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), em parceria com o instituto Ipsos.

A idéia era saber o que pensa o cliente. A principal constatação também foi a de que o preço é o fator que mais importa na hora de fazer uma compra, item que teve 84% de preferência dos mil domicílios consultados. Logo depois vêm qualidade dos produtos (35%) e atendimento (24%), o que leva a concluir que o empresário deve investir no contato com o cliente. "O comerciante está apertado pela baixa margem de lucro e pela alta carga tributária, então para ser competitivo deve investir no atendimento", explica o economista João Carlos Gomes, analista da pesquisa.

Manual

Empenhada em fornecer instrumentos de defesa ao consumidor, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PR) vai lançar hoje na Praça Santos Andrade, o "Manual do Consumidor" e o folheto "O que acontece quando se abre uma reclamação". Ambos têm o objetivo de mostrar os direitos do consumidor e quais são as etapas de um processo de reclamação na coordenadoria.

Os técnicos do Procon estarão na praça durante todo o dia, das 9 horas às 17 horas. O atendimento na sede será realizado normalmente, no horário comercial.