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Com a aquisição das lojas Sonae – a segunda maior transação do varejo brasileiro, menor apenas do que a venda das ações do grupo Pão de Açúcar ao parceiro francês Casino – a rede Wal-Mart se torna a segunda maior empregadora do setor no país. O presidente do Sonae no Brasil, Sérgio Maia, passa a ocupar a vaga de vice-presidente executivo de operações de varejo do Wal-Mart.

A rede norte-americana tinha apenas cinco lojas no estado, todas em Curitiba. Agora, passa a administrar 41 unidades. A concentração não deve prejudicar o consumidor, na opinião do consultor de varejo Moacir Moura. "Temos redes regionais muito fortes, como o Condor e o Muffato, focadas na prestação de bons serviços. Por isso não vai ser simples para o Wal-Mart chegar ao nosso mercado. E essa briga vai aumentar o nível da concorrência e favorecer o consumidor." A maior dificuldade, acredita, deve ser para a indústria. "Para os fornecedores, sem dúvida, a concentração dificulta a negociação."

O consultor Eugênio Foganholo acha que, pelo menos nos próximos seis meses, o consumidor deve ter vantagens com a mudança. "O Wal-Mart deve usar a mesma estratégia adotada na ocasião da compra do Bom Preço, no Nordeste: baixar os preços para marcar sua imagem, o que deve ser bastante positivo para o consumidor e difícil para a concorrência."

Apesar da forte atuação com hipermercados, Foganholo acredita que o Wal-Mart deve manter as lojas de menor porte. "Com o aprendizado no Nordeste, presume-se que a rede já chegue afiada para trabalhar com o Mercadorama. "Na prática, sai um operador que não se mostrou eficiente e assume outro que tende a ser mais competitivo." (CS)

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