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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Assim como as companhias aéreas fortaleceram seus caixas com programas de milhas, os consumidores podem utilizar os mesmos benefícios como uma moeda de troca e terem alternativas na hora de programas os gastos.

Pesquisa feita com os usuários da Max Milhas, startup que conecta donos de milhas aéreas aos que desejam adquirir passagens mais acessíveis, mostra as pessoas têm pressa em utilizar as milhas. Dos usuários que colocam suas milhas para vender, 41% adquiriram o benefício há menos de três meses. “Quando mexem com dinheiro, as pessoas não querem esperar”, diz Max Oliveira, CEO da startup.

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A Smiles também flexibilizou o seu regulamento para facilitar trocas e o acúmulo de milhas. Ainda não é possível comercializar milhas dentro do programa, mas ele caminha para algo bem próximo disso. “Vemos que existe essa demanda e estudamos alternativas, mas ainda é prematuro. Hoje já é possível transferir pontos dentro do próprio sistema, mesmo com pouco, e complementar milhas com dinheiro”, explica Leonel Andrade, presidente da Smiles.

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A empresa teve 11,8 milhões de clientes no terceiro trimestre de 2016, representando um crescimento de 7,6% comparado ao mesmo período de 2015 e atribui os números a parcerias, como a feita com o Grupo Pão de Açúcar, onde os clientes podem trocar suas milhas por vale-compras nas lojas da rede.

“As pessoas precisam de caixa e a grande maioria ainda não viaja de avião. Com o tempo, as pessoas vão descobrindo o que fazer com aquilo”, explica Reinaldo Domingos, da Associação Brasileira dos Educadores Financeiros. Ele acredita ainda que esse tipo de demanda pode crescer bastante, já que muitas pessoas ainda desconhecem os programas. “Apenas 10% das pessoas usam os benefícios disponíveis.”

Domingos alerta para o uso consciente do cartão de crédito, principal fonte geradora de milhas. Ele recomenda centralizar os gastos em um único cartão para evitar descontrole no orçamento.

Direito

A comercialização de milhas não é vista com bons olhos pelas aéreas e pelas empresas do programa de fidelidade. O entendimento é que o saldo acumulado é fruto de um relacionamento entre empresa e consumidor e destinado à premiação dos clientes fiéis. Para Max, o argumento não faz mais sentido porque o benefício é um direito adquirido do cliente.

A Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF) diz que o comércio paralelo de milhas pode trazer prejuízos porque favorece fraudes devido ao fornecimento de dados pessoais a terceiros.

A Multiplus diz que a comercialização de pontos é vedada pelo seu regulamento e pode ocorrer exclusão do participante na rede. A empresa possui práticas de segurança para resguardar os dados de seus participantes.

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