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Hélio Sato e Rosemeri Schneider fazem questão de pagar em dia a escola das crianças – não só pelo compromisso assumido, mas também para aproveitar os descontos oferecidos para quem paga antecipadamente. Mas isso não é possível quando as faturas costumam chegar com atraso – muitas vezes no dia do vencimento. Foi o que aconteceu com os boletos do colégio Bom Jesus, em que os filhos do casal cursam a 4.ª e a 7.ª série.

"Uma vez chegou só de tarde, quando eu não podia sair correndo para o banco e pagar. Levei multa", reclama Sato. No começo do ano, quando recebeu a 5.ª fatura atrasada, pediu para conversar com a direção. "Reconheceram que têm problemas de gerenciamento financeiro e até devolveram o valor da multa", conta Sato. "Mas quero que resolvam o problema de uma vez, até porque muita gente paga com débito automático e nem percebe o erro."

Outros pais passaram por situação semelhante. Antônio Martins tem uma filha cursando a 5.ª série no colégio. Para pagar, ele costumava dar a metade do valor anual em janeiro – o que reduziria a conta mensal em 50%. Teve de desistir do hábito. "As faturas ao longo do ano vinham com o valor integral", conta, frustrado. Para não ter mais esse problema, este ano ele voltou a pagar parcelado. "Chateia bastante porque parece algo fácil de resolver", diz.

Procurado pela reportagem, o colégio Bom Jesus afirma que enviou uma circular aos pais no fim de abril, na qual admite as falhas e se desculpa alegando uma mudança no sistema financeiro relativo aos boletos. Também garante que todas as faturas estão sendo corrigidas. Os pais que ainda tiverem dúvidas podem telefonar para o telefone (41) 2105-4050.

Atenção

Ainda assim, na hora em que solicitam qualquer prestação de serviço, os consumidores devem ficar atentos à data em que os boletos devem chegar. A advogada da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PR), Marta Paim, lembra que o prazo de antecedência no recebimento de boletos deve constar no contrato. "Se o consumidor tem a opção de forma de pagamento, como é o caso do boleto bancário, não pode ser prejudicado por ela", destaca. A advogada sugere, para casos como o descrito acima, que os pais lesados se reúnam para reclamar juntos à direção. "É bem possível que o erro possa ser sanado e que talvez a direção nem saiba do problema", considera.

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