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A securitização de ativos financeiros pode ser considerada uma boa alternativa para as empresas captarem recursos para novos investimentos ou trocarem dívidas de curto prazo por longo prazo, com taxas mais vantajosas. A expectativa é que este tipo de operação supere este ano a casa de R$ 10 bilhões, contra R$ 8,2 bilhões registrados em 2005. A redução das taxas de juros vai incentivar o negócio.

A securitização – modalidade financeira utilizada para converter uma carteira relativamente homogênea de ativos em títulos mobiliários passíveis de negociação – está em expansão no mercado brasileiro. Segundo o diretor da Monetiza, especializada em serviços financeiros, Fabrício Vermelho Martins, a securitização de ativos financeiros, além de ser mais barata para as empresas, é menos complexa que a abertura de capital. "O fator primordial para poder participar desse tipo de operação é estar bem estruturado, a fim de atrair investidores. Além do mais, a empresa deve ter uma boa carteira de contas a receber", completa.

O Paraná é visto como mercado potencial para o desenvolvimento da nova tendência de ativos financeiros. As maiores operações de securitização foram fechadas pela Sadia, Perdigão, Gradiente e Petroflex.

A operação se destina a empresas de médio e grande portes, quando se fala na ponta de captação. Os investidores são institucionais, tais como fundações e seguradoras. O prazo é de três anos. O custo para a empresa é de 25% ao ano ante uma taxa de juro bancária de 36% anuais. Para o aplicador, o ganho médio é de 20% ao ano, contra 18% de um Certificado de Depósito Bancário (CDB).

A securitização é uma alternativa aos serviços de factoring, que foram afetados pelo crescimento da atividade dos bancos para descontos de recebíveis. O serviço lançado pela Monetiza demandou investimento da empresa para se capacitar para estruturar os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs). Além da avaliação dos tomadores de recursos, para averiguar a viabilidade de securitização, a empresa indica o melhor administrador e agência de classificação de risco para o fundo. A ferramenta torna-se economicamente viável para transações a partir de cerca de R$ 10 milhões.

Existem atualmente cem fundos em direitos creditórios disponíveis para investidores. As emissões (com bases nas originadas de carteiras pulverizadas de risco de crédito) atingiram R$ 2,82 bilhões no 4.º semestre de 2005, com crescimento de 90,9% em relação ao volume registrado no mesmo período do ano anterior e 254,1% comparado ao semestre anterior.

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