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A realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, oficializada pela Fifa nesta terça-feira (30), deve atrair 500 mil turistas estrangeiros durante o período de jogos, segundo estimativas da Embratur e do Ministério do Turismo brasileiro. O número representa cerca de seis estádios do Maracanã lotados.

A estimativa está próxima do público recebido por países como EUA, França, Japão e Coréia do Sul nas últimas Copas, mas abaixo do número de turistas recebidos pela Alemanha (923 mil).

Hoje, cada turista estrangeiro que visita o Brasil em eventos gasta, em média, US$ 112,34 (cerca de R$ 200) por dia. Mas esse valor deve ser bem maior durante a Copa, segundo estimativa da da Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo (Abav-SP), que espera faturar até US$ 2,5 bilhões no período.

Além dos gastos dos estrangeiros, o setor espera um movimento maior de turistas dentro do Brasil.

"Quando a Copa é em outro país, são poucos os brasileiros que viajam. Mas quando você recebe uma Copa é diferente. São 30 dias recebendo turistas de outros países além da movimentação de pessoas dentro do Brasil", diz o diretor de assuntos internacionais da Abav nacional, Leonel Rossi Júnior.

Excelentes resultados

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, que faz parte da comitiva do presidente Lula que foi à Suíça, disse que o país precisa se preparar e investir para garantir o sucesso do evento.

"O evento, com certeza, é uma excelente oportunidade para o Brasil se projetar ainda mais no exterior, bem como para estimular o crescimento econômico, inclusive com mais viagens pelo próprio país", disse a ministra.

A primeira chance que o governo terá para vender o evento será na World Travel Market (WTM), uma das maiores feiras internacionais de turismo do mundo, que será realizada em Londres no próximo mês. A Embratur terá um estande na feira com a presença do jogador brasileiro Denílson, que joga no time inglês Arsenal.

"A Copa do Mundo deve trazer excelentes resultados para o turismo do Brasil, alavancando nosso país a uma melhor posição no ranking do turismo internacional. E os impactos econômicos e sociais do mega-evento se darão antes, durante e depois do seu acontecimento", diz a Embratur em nota.

O investimento do governo para a Copa em cada cidade será definido a partir de um levantamento que será feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), após a definição das cidades-sedes, no final de 2008.

Caos aéreo

Para o presidente da Abav-SP, Edmar Bull, o principal desafio na área de turismo são as condições dos aeroportos e a distribuição da malha viária no país.

Ele acredita, no entanto, que os problemas no setor aéreo não devem prejudicar a Copa no Brasil. "Eu tenho certeza de que até lá já estará tudo resolvido", disse.

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