A rede hoteleira de Curitiba começou a contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014. O presidente do escritório regional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Claudio José Antunes, diz que a expectativa agora é que o evento volte a impulsionar o setor, que ainda sofre com a baixa demanda.
De acordo com a Abih, pelo menos metade dos 23 mil leitos na rede de Curitiba está ociosa. Antunes calcula que serão necessários pelo menos R$ 30 milhões para adaptar a infraestrutura hoteleira local para o evento.
Ele explica que os investimentos devem ser usados para alinhar os hotéis aos padrões exigidos pela Fifa, que autorizou o cadastramento de empreendimentos num raio de até 100 quilômetros da capital. A infraestrutura que está disponível hoje envolve 4,3 mil apartamentos com 11 mil leitos. "Estimamos que para a Copa seriam necessários mais cerca de 500 apartamentos, com 1,5 mil leitos", afirma. Até lá devem ser inaugurados pelo menos mais quatro hotéis em Curitiba dois deles já estão em construção. A cidade tem hoje 160 hotéis, que empregam 5 mil pessoas diretamente, segundo a Abih.
Para as redes que atuam no mercado local, a situação em Curitiba piorou com a crise econômica. De acordo com o superintendente comercial de marketing e vendas da rede Mabu Hotéis & Resorts, Alberto Asseis, a taxa de ocupação em 2009 caiu 20% em relação ao ano passado para próximo de 45%. O turismo de negócios foi o que mais sofreu, afetando principalmente as operações das unidades do Centro de Curitiba e da Cidade Industrial.
Na rede Slaviero, o volume de hóspedes caiu em torno de 2% até maio, mas essa perda deve ser mais que compensada no segundo semestre, de acordo com José Ditzel Gobbo, diretor de desenvolvimento da empresa. A previsão é de um crescimento de 5% sobre 2008 e de 15% na receita, que deve encerrar o ano em R$ 55 milhões. Com dez hotéis, a rede Deville informa que o segmento de luxo foi o mais prejudicado pela queda na taxa de ocupação. A estimativa para 2009 é no máximo empatar com os números do ano passado, diz Jaime Canet Neto, diretor-presidente da cadeia de hotéis.



