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Tarifa Energia da Cocel sobe 8,6%

A energia elétrica vai custar mais caro em Campo Largo, a partir de sexta-feira. A Companhia Campolarguense de Energia (Cocel), que distribui energia para 34.720 unidades consumidoras, aplicará aumento médio de 8,62% para residências e 14,28% para indústrias. A Copel só terá reajuste de tarifa em junho.

A Copel vai investir R$ 693 milhões este ano em projetos de telecomunicações e de geração, transmissão e distribuição de energia. O montante, divulgado ontem pelo presidente da empresa, Rubens Ghilardi, é 25% menor que o investimento de R$ 930,6 milhões realizado no ano passado, quando só na aquisição da Usina Elétrica a Gás (UEG) de Araucária foram gastos R$ 433,6 milhões.

A maior parte do dinheiro previsto para ser investido este ano vai ser destinada para a subsidiária de distribuição (responsável por levar a energia ao consumidor final), que terá R$ 407 milhões para serem aplicados em manutenção, modernização e ampliação do atendimento, já que a demanda anual é crescente. Só em 2006, a elétrica contabilizou 88.747 novos clientes.

Para transmissão, a previsão de investimentos é de R$ 180 milhões. Na subsidiária de geração, devem ser investidos R$ 72 milhões, dos quais R$ 40 milhões são o valor inicial para construção da usina hidrelétrica de Mauá, que deve custar um total de R$ 950 milhões e ter a maior parte dos gastos concentrada em 2009. Já a área de telecomunicações da Copel receberá investimentos de R$ 34 milhões.

De acordo com o presidente da Copel, que reuniu a imprensa ontem para comentar o balanço de 2006 divulgado na última terça-feira, os analistas devem estar trabalhando com a previsão de que a empresa no mínimo vai manter este ano o resultado de R$ 695 milhões do ano passado, que exclui os excepcionais ganhos obtidos com um acordo relacionado à UEG Araucária (R$ 416,4 milhões) e um parecer favorável do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reversão da provisão de Cofins incidente sobre operações com energia elétrica (R$ 197,6 milhões). "Independentemente daqueles ganhos que não vão se repetir, alcançamos quase 40% de lucro, um resultado excepcional", diz Ghilardi.

Além dos ganhos com a Cofins e a UEG Araucária, contribuiu para o resultado do ano passado o aumento de 30% nas receitas da subsidiária de geração – que negocia a eletricidade produzida nos leilões da Aneel e no mercado livre – e o crescimento de 4% no faturamento de distribuição. O real valorizado também foi positivo para a empresa. Houve redução de 4,3% nos custos operacionais, refletindo as condições favoráveis do câmbio sobre as despesas indexadas ao dólar. "Compramos da Itaipu em dólar", exemplifica Ghilardi.

O crescimento total de 147% no lucro líquido da Copel foi o maior entre as companhias elétricas brasileiras. "Isso considerando que em 2002 a empresa dava prejuízo", lembra o presidente. Em valores absolutos, entre as empresas elétricas com ações na Bovespa apenas CPFL Energia, de São Paulo, teve lucro líquido acima da paranaense, com R$ 1,4 bilhões. A Copel contabilizou um lucro de R$ 1, 2 bilhões em 2006, contra R$ 502 milhões do ano anterior.

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