O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define nesta quarta-feira (27) a taxa básica de juros. A expectativa do mercado é que a Selic seja mantida em 14,25% ao ano. A reunião, a terceira do ano, começou neta terça à tarde.
De outubro de 2014, quando estava em 11% ao ano, a julho de 2015, a taxa Selic cresceu 3,25 pontos percentuais, resultado de sete elevações seguidas. Na reunião de setembro do ano passado, o Copom decidiu suspender o aperto monetário e parou de mexer nos juros básicos.
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2015 em 10,67%, bem acima do teto da meta, que é 6,5%. A meta para a inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para baixo ou para cima. Ao fim deste ano, o mercado prevê IPCA novamente acima do teto da meta, em 6,98%.
Depois de atingir, em janeiro, o pico de 10,71% na taxa acumulada em 12 meses, a inflação vem desacelerando. O IPCA acumulado caiu para 9,91% nos 12 meses terminados em março. Além do fim do impacto da elevação de preços administrados, como energia e combustíveis, a queda do dólar tem contribuído para a diminuição do índice de preço. Nos próximos meses, a expectativa é que a inflação desacelere ainda mais por causa do agravamento da crise econômica e da redução da demanda.
Focus
Com o alívio na inflação, a previsão do mercado financeiro para a taxa básica de juros este ano e no próximo foi reduzida pelos analistas consultados pelo BC no último relatório semanal Focus. Eles preveem que a Selic chegue a dezembro um ponto percentual abaixo do atual patamar, a 13,25% ao ano.
Esta foi a segunda redução consecutiva. Na pesquisa anterior, a taxa estava em 13,38%. Para 2017, o relatório do BC cortou a projeção da Selic em 0,25 ponto percentual, para 12% ao ano.
Reunião
A terceira decisão sobre a Selic em 2016 será anunciada à noite, já que a reunião do Copom dura dois dias. No primeiro dia, chefes de departamentos do BC apresentam uma análise da conjuntura doméstica, com dados sobre a inflação, o nível de atividade econômica, as finanças públicas, a economia internacional, o câmbio, as reservas internacionais e o mercado monetário, entre outros assuntos.
Após análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para a Selic, os diretores e o presidente do banco definem a taxa. Assim que a Selic é definida, o resultado é divulgado à imprensa. Na semana seguinte ao anúncio do resultado, o BC divulga a ata da reunião, com as explicações sobre a decisão.
-
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
-
Julgamento de Moro no TSE pode fixar limites para gastos na pré-campanha
-
Ao demitir Prates, Lula se proclama o dono da Petrobras
-
Governo tentou manter “saidinhas” de presos em troca de não criar novo crime de “fake news”
Com gestão acolhedora das equipes, JBA se consolida entre maiores imobiliárias da capital
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
Governo eleva projeção para o PIB, mas não põe na conta os estragos no Rio Grande do Sul
Movimentação de cargas cai pela metade e derruba arrecadação do Rio Grande do Sul
Deixe sua opinião