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Aplicações

Novos depósitos de poupança continuam atraentes

As aplicações na poupança devem continuar a ser o porto seguro dos pequenos investidores, mesmo com o aumento da taxa básica de juros para 8%. Projeções feitas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostram que a poupança supera a rentabilidade dos fundos na maioria dos casos, considerando taxas de administração de 0,5% a 3%. Com a Selic em 8% ao ano, as contas antigas (rendimento de 6,17% + TR) renderão mensalmente 0,50%. As novas contas (70% da Selic) terão rendimento de 0,455% ao mês. Quanto maior a taxa de administração cobrada pelo banco e menor o prazo de resgate, maior a vantagem da poupança. "Abaixo de R$ 100 mil, os investidores não têm acesso às taxas de administração mais vantajosas dos fundos", explica o diretor de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira.

Em um cenário de inflação em alta e crescimento ainda lento da economia, o Banco Central decidiu acelerar o processo de alta dos juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou o aumento da taxa Selic de 7,50% para 8% ao ano, alta de 0,50 ponto porcentual. É a segunda elevação seguida da taxa Selic no ano – em abril, ela subiu 0,25 ponto porcentual. "O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", disse o Copom em nota sobre a decisão, que foi unânime.

Nas últimas semanas, a autoridade monetária havia dado vários sinais de que poderia promover uma alta maior de juros para segurar a inflação. Com isso, até ontem, o mercado financeiro estava dividido em suas projeções para a reunião. A divulgação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, que veio abaixo do esperado, no entanto, levou muitos analistas a avaliarem que o BC poderia elevar a taxa novamente em 0,25 ponto.

A expansão mais fraca da economia gerou duas expectativas em relação à decisão sobre os juros. A primeira era que o resultado abaixo do esperado, principalmente do consumo, levaria o BC a optar pelo aumento menor da Selic. A outra interpretação foi de que, como o consumo foi afetado pela alta da inflação, que comeu parte da renda do trabalhador, caberia ao BC elevar a taxa para segurar os preços.

O aumento dos juros agora também evitaria a necessidade novos apertos monetários em 2014, quando a presidente Dilma Rousseff irá tentar a reeleição.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para a meta de inflação de 4,5%, está em 6,49% nos 12 meses encerrados em abril, praticamente no limite de tolerância, de até 6,5%. E a expectativa do mercado e também a última previsão do BC é de uma inflação de 5,8% em 2013 e acima de 5% em 2014. A expectativa agora fica por conta da divulgação de novos dados sobre inflação e atividade até a próxima reunião do Copom, marcada para os dias 9 e 10 de julho, para quando se espera novo aumento da taxa básica, segundo projeções feitas até o momento.

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