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A gestão de imagem on-line não é propriamente nova. Há anos, grandes empresas e pessoas que dependem financeiramente da presença na web em­­pregam assessores para editar suas reputações no ambiente virtual. Essa operação costuma ser ofertada nos pacotes de serviços de escritórios de relações pú­­blicas, de advocacia ou de con­­sultores especializados.

Durante o colapso econômico de 2008, os banqueiros de Wall Street contrataram assistentes para preservar a boa imagem. "Alguns desses banqueiros pagavam mais de US$ 10 mil por mês para esconder seus nomes na internet num momento em que eles começaram a aparecer demais na imprensa", conta um gestor de reputação de Nova York que pediu para não ser iden­­tificado para não expor seus clientes famosos.

As celebridades também usam empresas para cuidar da reputação e abafar fofocas constrangedoras ou reportagens desfavoráveis. Porém, à medida que a vida das pessoas comuns passou a transcorrer mais e mais no ambiente on-line, seja por meio de blogs de culinária ou pela pu­­blicação de fotos no Facebook, as desvantagens da superexposição começaram a surgir também pa­­ra elas.

"A consultoria de imagem na internet foi vista como uma no­­vidade por bastante tempo, mas hoje ela é muito popular", diz Bryce Tom, ex-diretor de gerenciamento de reputação on-line da Rubenstein Communica­tions, gigante das relações pú­­blicas. Tão popular, na verdade, que Tom deixou seu emprego no ano passado para fundar a Me­­tal Rabbit Media, especializada na gestão de renomes no mundo virtual.

Tom classifica seus clientes em dois grupos: os "reativos", que precisam remover infor­ma­­­ções que estão na web, e "pró-ativos", que desejam ter sua imagem monitorada. De acordo com o consultor, as pessoas que buscam seu serviço dividem-se igualmente entre as duas categorias.

Vexames

Enquanto a empresa de Tom atrai um público mais rico, alguns concorrentes apresentam uma base de clientes mais ampla. Ela inclui estudantes universitários que tentam apagar fotos nas quais aparecem bêbados em festas, antes que os recrutadores corporativos deparem com elas; um advogado que de­­sejava remover da web as imagens dele sem relação com o trabalho, pois era candidato a tornar-se sócio no escritório onde atuava; e um corretor imobiliário de Miami cujos anúncios on-line foram soterrados por blogs que noticiavam sua prisão por dirigir alcoolizado.

Tradução: João Paulo Pimentel

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