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Diferença entre dólar no pré-pago e em espécie era de R$ 0,04 na última semana em Curitiba. | Jonathan Campos / Gazeta do Povo
Diferença entre dólar no pré-pago e em espécie era de R$ 0,04 na última semana em Curitiba.| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Dicas de bolso

Fique atento em relação à melhor maneira de comprar moeda estrangeira antes de viajar:

Pesquisa

Moedas estrangeiras, principalmente o dólar, são vendidas em qualquer instituição financeira autorizada pelo Banco Central, de bancos a casa de câmbio. Por se tratar de uma cotação que leva em conta custos de transporte e comissão (turismo), vale a pena pesquisar antes de trocar. Existem lugares em que o dólar está alguns centavos mais em conta que outros.

Limite

Não há limites para troca de valores no Brasil. No entanto, todas as conversões precisam ser condizentes com os rendimentos da pessoa. Qualquer brasileiro pode sair do país com R$ 10 mil em espécie. Se levar mais que isso, tem de preencher uma Declaração de Portabilidade de Valor na Receita Federal no aeroporto antes de embarcar.

Aquisição

Em todas as viagens para o exterior, a melhor opção é comprar a moeda do país de destino à vista, independente da cotação, assim que efetuar a aquisição do pacote e souber a data exata da partida. Apostar na queda da moeda nunca é uma boa escolha. A moeda de segunda opção é sempre o dólar.

Fracionada

Caso não seja possível adquirir tudo de uma vez, programe-se para fazer compras fracionadas. Ao longo do tempo isso vai diluir eventuais perdas. No fim, você terá um preço médio mais vantajoso.

Brasil

Saia com o dinheiro comprado no Brasil. Assim você evita transtornos e surpresas negativas, como um câmbio mais caro.

Dinheiro

Para não cair em armadilhas, a recomendação é usar o cartão de débito. Quem compra com cartão de crédito corre o risco de pagar mais, já que a conversão é feita com base no câmbio do dia do pagamento da fatura e não no da compra. Nunca deixe de levar uma pequena quantidade em espécie para emergências e pequenos gastos.

Dólar turismo é o valor usado para cotar produtos turísticos, como compra de pacotes, passagens aéreas, reservas de hotel e também para a conversão de débitos efetuados em moeda estrangeira no cartão de crédito.

A decisão do Governo Federal de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% para 6,38% nas transações com cartões pré-pagos, cheques de viagem e saques de moeda estrangeira no exterior provocou uma migração na preferência dos turistas, que afetou diretamente a cotação do dólar turismo. A demanda dos viajantes pelo cartão, que diminuiu em dois terços só neste ano, migrou para o dinheiro vivo. Resultado: a diferença entre o valor pago pela moeda em papel e no cartão aumentou.

INFOGRÁFICO: Confira como levar dinheiro para o exterior

A principal consequência deste movimento – aumento do "spread" do dólar turismo em relação ao comercial –, já está surtindo efeito no bolso dos viajantes. Mesmo quando o assunto é apenas o dólar turismo, a diferença entre as cotações da moeda em espécie e do pré-pago, que em novembro e dezembro era menor do que R$ 0,01, segundo o Banco Central (BC), agora subiu para até R$ 0,04, de acordo com a Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio (Abracam). Em Curitiba, na última sexta-feira, as maiores corretoras ofereciam o dólar no cartão pré-pago a R$ 2,51 e na moeda em espécie entre R$ 2,54 e R$ 2,55. Além da cotação da moeda, o turista deve levar em conta ainda a taxa de conversão cobrada pelos bancos na venda do dinheiro em espécie, que pode variar de 0 a 4%.

Estratégia adotada pelas corretoras, a diferença aumentou para segurar a saída do dinheiro em espécie. "É uma consequência natural do mercado. Foi um movimento muito rápido. Se até o fim de dezembro, 80% dos clientes optavam pelo pré-pago, agora, em janeiro, 80% foram para o dinheiro em espécie. É uma demanda muito grande", afirma o diretor comercial do Grupo FITTA, Luiz Ramos.

Ele explica ainda que as corretoras costumam cobrar taxas mais baixas para a compra de dólar na modalidade pré-pago, que tem despesas menores de manuseio. No caso da Fitta, a cotação no pré-pago chega a ser dois pontos percentuais menor se comparada ao do dinheiro em espécie. Isso significa que, mesmo com a alta do IOF, o custo final do pré-pago em relação à moeda física pode se situar entre 4% e 5% a mais.

Estabilização

Na opinião dele, a tendência é que mercado se assente. Passando o susto do anúncio, os turistas vão perceber que a diferença de 1% ou 2% entre o dinheiro em espécie e o cartão de débito pode ser aplicada na segurança, analisa Ramos. "O cartão é muito mais seguro e vantajoso do que sair por aí carregando U$ 2 mil dólares em espécie. O cartão é aceito em boa parte dos estabelecimentos comerciais. Em caso de perda, ele é reposto facilmente. O brasileiro vai perceber isso com o tempo", acredita.

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