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O deputado republicano John Boehner, provável futuro presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, disse na quarta-feira, um dia após a vitória do seu partido na eleição legislativa, que o corte de gastos públicos será a prioridade do Congresso no ano que vem.

"Está bastante claro que o povo norte-americano quer que façamos algo a respeito de cortar gastos aqui em Washington e ajudar a criar um ambiente em que recuperemos empregos", disse Boehner a jornalistas.

Os republicanos conquistaram na terça-feira 60 vagas de deputados que pertenciam aos democratas, formando uma sólida maioria.

O déficit público norte-americano chega a 1,29 trilhão de dólares, ou 8,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), mas alguns economistas temem que os políticos cortem gastos demais e prejudiquem a retomada do crescimento econômico.

Outros chegam a dizer que o governo deveria conceder mais estímulos fiscais como forma de combater o desemprego, que ronda os 10 por cento.

A redução do tamanho do Estado foi um dos temas favoritos dos republicanos na campanha eleitoral deste ano. Em setembro, eles disseram que sua primeira providência como maioria parlamentar seria reduzir os gastos públicos ao mesmo nível de 2008, o que representaria uma economia imediata de 100 bilhões de dólares -- mas nem de longe suficiente para tirar as contas públicas do vermelho.

Por outro lado, os republicanos querem manter benefícios tributários que o presidente Barack Obama deseja que expirem, e isso também contribuiria com uma elevação da dívida pública.

Na quarta-feira, Obama disse que há potencial para concessões a respeito da questão tributária.

"É cedo para dizer como essa negociação propriamente dita irá funcionar", disse ele em entrevista coletiva na Casa Branca.

Falando antes a jornalistas, Boehner não quis entrar em detalhes sobre os gastos governamentais que ele gostaria de cortar. "Vamos tomar muitas decisões nos próximos meses", afirmou.

A primeira disputa no novo Congresso envolvendo os gastos públicos envolverá o orçamento geral do governo para 2011. O debate para as prioridades do atual ano fiscal, que começou em 1o de outubro, deve ser retomado já a partir de 15 de novembro, quando o atual Congresso volta a se reunir.

Caso não haja acordo, as prioridades orçamentárias para o resto do ano fiscal acabarão ficando para janeiro ou fevereiro, já na próxima legislatura. Além de fazer maioria na Câmara, os republicanos também ampliaram sua bancada no Senado, embora os democratas continuem em maioria.

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