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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se disse "satisfeito" com o recuo de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, contra os três últimos meses de 2008, resultado que foi anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (9). "Foi melhor do que as projeções de queda de 2% a 3% que o mercado estava fazendo", disse ele.

Segundo Mantega, a queda do PIB aconteceu por conta do recuo nos investimentos da indústria de tranformação e quem sustentou o PIB foi o consumo das famílias e do governo. "Significa que foi o mercado interno que sustentou esse nível [de atividade]. Não deixou cair a atividade para níveis mais baixos", disse ele.

Crescimento de 1% em 2009 não é "tarefa fácil"

De acordo com análise do ministro Guido Mantega, não será uma "tarefa fácil" o Brasil registrar um crescimento do PIB da ordem de 1% em todo ano de 2009 - previsão que já consta na proposta de orçamento deste ano. "O governo vai ter que continuar tomando iniciativas para estimular a economia, os investimentos e o mercado interno para podermos alcançar o crescimento de 1% ao longo deste ano. Não será tarefa fácil, mas é um desafio possível de ser alcançado", afirmou.

O que falta

Mantega avaliou, porém, que o Ministério da Fazenda tem de continuar tomando medidas de estímulo para a economia, e que o Banco Central tem de continuar reduzindo a taxa de juros.

Nesta quarta-feira (9), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a taxa de juros, atualmente em 10,25% ao ano. A expectativa do mercado é que os juros caiam para 9,50% ao ano, mas alguns interlocutores do governo pedem uma redução maior.

"O que falta é mais política monetária [redução da taxa de juros] e fiscal [estímulos para a economia]. A ação do governo tem de continuar. São medidas para aumentar o crédito e reduzir o custo financeiro. Isso significa ação mais forte dos bancos públicos para redução do custo financeiro de modo geral, que ainda está muito elevado", disse o ministro.

Segundo ele, o crédito tem de chegar as pequenas e médias empresas. "Ainda não chegou. Estamos viabilizando medidas para o crédito chegar as pequenas e médias empresas, que não têm garantias. Estamos produzindo fundos de aval para viabilizar crédito as pequenas e médias empresas", informou ele.

Recuperação gradual

O ministro da Fazenda disse que está acontecendo uma recuperação gradual da economia brasileira frente ao cenário registrado no fim de 2008, quando o PIB caiu 3,6% contra os três meses anteriores. Segundo o ministro, o PIB vai apresentar resultado positivo, contra os três primeiros meses de 2009, já no segundo trimestre.

"Já vai ser positivo no segundo treimestre, mas modesto. No terceiro, um pouco maior e no quatro trimestre satisfatório. De modo a fechar o ano com a economia em aquecimento (...) O tombo foi grande no ano passado. Então, temos uma recuperação lenta. Não é que vai ser um crescimento esfuziante no segundo e terceiro trimestre deste ano. Mas vai ser, e gradualmente vamos recuperando o patamar de crescimento do ano passado", disse ele.

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