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As vacas que vão tomar ruas, parques, terminais de ônibus e outros locais públicos de Curitiba a partir de 25 de outubro devem render R$ 500 mil à Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS) e à Pastoral da Criança. Esta é a previsão dos organizadores da terceira edição nacional da Cow Parade (Parada das vacas, na tradução literal), exposição cultural a céu aberto na qual artistas paranaenses vão expor seus trabalhos na forma de vacas de tamanho natural. O evento foi realizado em São Paulo no ano passado, e rendeu R$ 1,2 milhão à Fundação Abrinq. Em todo o mundo, a Cow Parade já levantou mais de US$ 11 milhões (cerca de R$ 23,8 milhões) para diversas entidades do terceiro setor.

"É um evento cultural, mas o dinheiro vai para a exposição e volta em forma de responsabilidade social", conta Ester Krivkin, sócia da Toptrends, empresa que detém a licença para realizar a Cow Parade no Brasil. Em primeiro lugar, as empresas "adotam" as vacas, patrocinando sua exposição. Mas o retorno ocorre porque as obras de arte – no caso as vacas – são leiloadas ao fim do evento. "As vacas se transformam num verdadeiro instrumento de desejo da população. E a própria cidade começa a tomar conta delas."

O dinheiro arrecadado com o leilão em Curitiba será destinado à FAS e à Pastoral da Criança. Em São Paulo, empresas, pessoas e instituições pagaram de R$ 17 mil a R$ 42 mil pelas "mimosas", num leilão de apenas três horas com lance mínimo de R$ 5 mil. "As pessoas ficam realmente instigadas a comprar as obras."

Ester Krivkin explica que o dinheiro destinado ao patrocínio das obras pode ser até 100% abatido do Imposto de Renda, por meio da Lei Rouanet. "É importante que as empresas conheçam este mecanismo. Este ano há previsão de R$ 700 milhões em investimentos pela lei, mas 80% disso está no eixo Rio-São Paulo. Parece que há pouco conhecimento sobre ela fora dele."

A intenção de Ester e de sua sócia, Catherine Duvignau, é transformar a Cow Parade numa marca forte, capaz de financiar projetos de responsabilidade social não só ao término das exposições. "Queremos que nossas vaquinhas dêem leite o ano inteiro." (FL)

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