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Medicamentos

Crédito encolhe, mas Nissei diz que vai manter planos

Maeoka conta que Nissei vai estrear em Guarapuava em julho | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Maeoka conta que Nissei vai estrear em Guarapuava em julho (Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo)

Pelo menos para o setor de farmácias, o volume de crédito e os prazos mais longos para pagamentos ainda não foram retomados. Segundo Sergio Maeoka, dono da rede Nissei, de maneira geral, o crédito encolheu em toda a cadeia farmacêutica – da indústria ao varejo –, o que acabou prejudicando as condições de prazos de pagamento oferecidas pelas distribuidoras de medicamentos às farmácias. "A redução foi de 15 a 20 dias, o que equivale ao giro de um mês. No ano passado, as condições mais favoráveis de pagamento com as distribuidoras ajudaram muitas redes a financiar sua expansão, que agora fica mais difícil", diz.

Maior cadeia de farmácias do estado, a Nissei fechou duas lojas recentemente – no Batel e em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, mas o empresário afirma que a iniciativa não tem relação com a crise. Ao contrário, a empresa, que tem 145 lojas, diz que as vendas acumuladas de medicamentos no ano estão entre 17% e 18% acima das do ano passado. "O setor de farmácias não aquece tanto quando a economia está em alta e nem desacelera tanto em tempos de crise", afirma.

Segundo ele, a loja na Avenida Sete de Setembro, no Batel, foi fechada em função de uma questão contratual do imóvel, que anteriormente abrigou uma loja Drogamed. Já a unidade de São José dos Pinhais ficava em uma área onde vai ser construído um viaduto.

Expansão

Apesar do crédito mais caro, Maeoka diz que a Nissei manteve os planos de abrir mais 20 lojas no Paraná em 2009, projeto que deve contemplar recursos de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões. O programa inclui a compra de quatro farmácias em Guarapuava, região central do estado. "Devemos lançar nossa bandeira nesse município no início de julho", diz.

Mas a entrada no mercado de Santa Catarina foi adiada para o segundo semestre. "Esperamos mais um tempo não tanto pela crise, mas para nos adaptarmos à substituição tributária e à minirreforma do governo estadual", acrescenta. A meta é ter 18 lojas no estado vizinho e entrar em São Paulo em 2010. A Nissei – sétima maior rede de farmácias do país – espera fechar o ano com receitas entre R$ 600 milhões e R$ 630 milhões, 30% acima das registradas no ano passado.

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