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O estoque total do crédito, que soma todos os empréstimos concedidos no país, subiu 1,7% de junho para julho, atingindo R$ 813,4 bilhões, volume 21,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. A alta, motivada pela queda dos juros e pelo aumento da renda da população, elevou a participação do crédito no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 32,7% – eram 32,3% no mês anterior e 29,5% em julho de 2006, de acordo com o relatório do Banco Central.

Para o economista Robson Gonçalves, professor do Isae/FGV, a participação do crédito no PIB tende a continuar subindo, apesar do nervosismo do mercado financeiro. "O crédito chegou a um terço do PIB. Ainda é pouco perto de emergentes como México e Coréia do Sul, onde a participação chega a 70%", diz Gonçalves. "Os bancos devem aproveitar o momento para expandir sua atuação. A Selic tem caído, o que torna mais atraente emprestar dinheiro para o consumidor do que para o governo."

Para o economista, a estabilidade da inadimplência é outra razão para que os bancos não elevem os juros. Segundo o BC, a inadimplência – atrasos de mais de 90 dias – ficou em 4,7% em julho, mesmo índice verificado no mês anterior. No início do ano, era de 5%. Em empréstimos para pessoas físicas, o não-pagamento ficou em 7,1% no mês passado, nível igual do de junho. A inadimplência das empresas, por sua vez, recuou para 2,4% em julho, com queda de 0,1 ponto no mês.

Outro dado divulgado pelo BC foi a queda do "spread" bancário – diferença entre o juro que os bancos pagam para captar dinheiro e a taxa que eles cobram dos clientes. O spread médio caiu 0,7 ponto porcentual em julho, atingindo 25,1%, menor taxa desde o início da série histórica.

Leasing

O leasing – financiamento em que o bem fica em nome da financeira, e não do consumidor – tem crescimento "impressionante", segundo o chefe do departamento econômico do BC, Altamir Lopes. Em julho, o leasing atingiu R$ 46 bilhões, com avanço de 4,2% no mês e de 68,1% em 12 meses. Comum na venda de veículos, o leasing responde por 82,4% dos financiamentos do setor. Para Lopes, a modalidade é mais segura para a financeira e está atraente para o consumidor, por não estar mais vinculado ao dólar, como na década passada. (FJ com agências)

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