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Batendo novo recorde, a participação de produtos estrangeiros no consumo doméstico brasileiro cresceu no primeiro trimestre deste ano e atingiu seu maior nível desde 2007.

Medido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Coeficiente de Penetração de Importações ficou em 22,5%, um aumento de 1,4 ponto percentual frente ao mesmo período de 2013 e 0,4 ponto percentual acima do último trimestre do ano passado.

A entidade aponta que a nova alta foi puxada pela indústria de veículos automotores, vestuário, têxteis e produtos de metal.

Ao mesmo tempo, o efeito do câmbio desvalorizado, ou seja, a desvalorização do real, fez com que os produtos importados encarecessem.

Assim, as importações em dólares no primeiro trimestre praticamente se mantiveram estáveis - recuo de 0,1% em relação ao último trimestre de 2013. Já em reais, entretanto, o valor dessas importações cresceu 3,9%.

Entre os 23 setores da indústria de transformação pesquisados pela CNI, o coeficiente de penetração de importações caiu apenas nos farmoquímicos, farmacêuticos e nos equipamentos de transporte, como navios, reboques, aviões e outros.

"O avanço da participação das importações não faz parte de uma estratégia das empresas. É mais um indicador que confirma a falta de competitividade da indústria brasileira. Com baixa produtividade e custos elevados, a indústria nacional está perdendo mercado interno e externo", disse o gerente executivo da unidade de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.

Exportações

A pesquisa da CNI também revela que o coeficiente de exportação - que mede a importância das vendas externas no valor da produção da indústria - ficou em 19,8% no primeiro trimestre.

O número é praticamente igual aos 19,7% registrados no fim do ano passado.

O valor das exportações de produtos industriais, em dólares, no primeiro trimestre deste ano é menor que o observado no último trimestre de 2013, uma redução de 1%.

Mais uma vez, a desvalorização do real influencia o resultado. Em reais, as exportações aumentaram 2,6%.

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