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| Foto: Andre Rodrigues/Gazeta do Povo

Anunciantes estão cada vez mais encantados com o Snapchat, ainda que a maioria não tenha muita certeza do que fazer com o aplicativo de mensagens, fotos e vídeos efêmeros altamente popular entre a chamada geração millenial. Apenas na última sexta-feira (18), o banco de investimento Goldman Sachs e a marca de luxo britânica Burberry anunciaram ações de publicidade na rede social.

O Goldman Sachs começou a anunciar em algumas faculdades, por meio do Campus Story — uma galeria de fotos e vídeos registrados em campus universitários dos Estados Unidos. Os anúncios de 10 segundos aparecem em meio ao conteúdo gerado pelos usuários e são parte dos esforços de recrutamento do banco entre alunos das melhores universidades do país.

Nos vídeos, o Goldman diz que está à procura de um “líder ambiental do campus”, um “técnico de esportes da juventude” ou um “campeão do crowdfunding”. Apenas snapchatters cujos telefones indicam que estão dentro ou ao redor de um campus podem enviar mensagens e ver o Campus Story. Este é a primeira iniciativa do tipo no Snapchat.

Já a Burberry preparou o lançamento de sua nova coleção primavera-verão no aplicativo. As imagens foram publicadas neste domingo na página da marca às 19h (horário local) e desaparecerão 24 horas depois. O desfile da marca acontecerá na tarde seguinte durante a Semana de Moda de Londres. O aplicativo também vai abrigar um canal onde serão publicados vídeos e fotos ao vivo do desfile.

Perdas e ganhos

Segundo o site Gawker, entre janeiro e novembro de 2014, o Snapchat perdeu gritantes US$ 128 milhões, acumulando apenas US$ 3 milhões em receita. Para ser justo, o aplicativo tinha apenas começado a vender o que chama de publicidade em outubro de 2014.

Valioso

O Snapchat, que permite aos seus mais de 100 milhões de usuários enviarem mensagens que desaparecem em questão de segundos, é considerado uma das startups mais valorizadas do Vale do Silício. Em 2013, seu CEO de 24 anos, Evan Spiegel, recusou uma oferta de aquisição de US$ 3 bilhões do Facebook. Em maio passado, o aplicativo era avaliado em US$ 16 bilhões.

Em 2014, a marca de carros de luxo Audi foi pioneira ao lançar a primeira campanha de marketing em larga escala no Snapchat. Durante todo o domingo da final do Super Bowl — o campeonato da liga profissional de futebol americano) —, snaps na conta da empresa zombavam da banalidade de um domingo típico e brincavam sobre aspectos do jogo e show do intervalo em tempo real.

A empresa novata — com apenas quatro anos de fundação — ainda está construindo a sua infraestrutura básica de publicidade, dizem anunciantes. Nos último mês, porém, o Snapchat assinou contratos de distribuição de conteúdo com a NFL, Buzzfeed, ESPN, The Daily Mail, Cosmopolitan, Comedy Central, CNN, People, National Geographic, e Vice. No final de agosto, IGN, Mashable e Tastemade juntaram-se ao time de parceiros de conteúdo pago, que têm sua própria página destaque na chamada plataforma Discovery.

O app ainda não deixou claro seu modelo de negócio nesse caso, mas, de acordo com o site The Motley Fool, o Snapchat compartilha sua receita com os criadores em sua plataforma Discovery. Se o publisher vender o espaço do anúncio, ele mantém 70% da receita. Qualquer anúncio que o Snapchat incluir, a receita é repartida igualmente.

Anúncios via geolocalização são aposta para receita

Enquanto se consolida, o Snapchat busca novas receitas. Em julho, o aplicativo começou a ganhar alguma tração sólida entre as grandes marcas com “geofiltros patrocinados” — imagens de anúncios que as pessoas podem adicionar aos seus vídeos apenas quando estão em locais específicos.

Marcas como Nike e GE têm empregado esses anúncios nos principais feriados ou após grandes eventos nos Estados Unidos. Por exemplo, logo após a Copa do Mundo de Futebol Feminino, usuários do Snapchat foram incentivados a fazer vídeos que incluiam o logotipo do time americano e da Nike. Alguns destes vídeos geraram entre 30 milhões e 50 milhões de visualizações.

Já marcas como a loja de departamentos Target e as redes McDonald´s, Dunkin Donuts e Starbucks estão trabalhando com os “geofiltros” para levar clientes até as lojas e incentivá-los a comprar algo com uma oferta ou um cupom. Neste caso, as empresas esperam transformar os compradores em “embaixadores”, já que eles compartilhariam vídeos que promovem marcas ou produtos dessas empresas para um público mais amplo.

O Snapchat não está compartilhando os resultados da campanha, mas a empresa assinou contratos com grandes varejistas desde o lançamento do “geofiltro”. A Apple também testou o anúncio em 250 lojas dos Estados Unidos.

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