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São Paulo (AE) – E-mails com mensagens intrigantes, como "você está sendo traído", "de seu grande amor", "seu CPF foi cancelado" ou "seu nome está na lista da Serasa", atiçam a curiosidade do internauta, mas podem ser o início de uma grande dor de cabeça. Ao abrir esses arquivos, bandidos cibernéticos passam a acompanhar permanentemente suas ações na rede para captar dados pessoais, principalmente de contas e senhas de banco. Com essas informações em mãos, fazem transferências de dinheiro, pagamento de despesas e compras. Tudo por meio da conta bancária da vítima, que nem sabe que está sendo roubada.

Esse é apenas um dos mecanismos, chamados de trojans ou cavalos-de-tróia, que têm crescido numa velocidade surpreendente. De janeiro a setembro deste ano, o volume acumulado de fraudes pela internet saltou 688% comparado a igual período de 2004, disparando de 2.340 para 18.443 incidentes. Só no último trimestre deste ano foram registrados cerca de 8.288 casos, segundo o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, do Comitê Gestor da Internet.

A proliferação desses crimes, associada à clonagem dos cartões bancários, tem se tornado um pesadelo para o sistema financeiro, que tenta vencer a criatividade dos hackers do mal (ou crackers, como são conhecidos na comunidade virtual). "Trata-se de um grupo de inteligência. Eles desenvolvem mecanismos e equipamentos sofisticados para roubar o dinheiro dos clientes. Não é qualquer um que faz isso", afirma o diretor setorial de cartões e negócios eletrônicos da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Jair Delgado Scalco. Além da internet, ele cita, por exemplo, a modalidade de fraude em cartões, vulgarmente conhecida como chupa-cabra, que copia os dados gravados na tarja magnética.

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