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Podem tirar o isoHunt de suas barras de favoritos. A popular ferramenta de buscas de torrents se juntará ao Napster, Grokster e KaZaa no limbo da internet, após um acordo judicial no qual concorda em encerrar suas operações e pagar uma indenização de US$ 110 milhões aos estúdios de Hollywood.

Ainda não está claro quanto desse valor a empresa fundada há mais de uma década pelo canadense Gary Fung conseguirá de fato pagar. Num trecho da decisão judicial citado pelo site Techdirt, os advogados dos estúdios estimam que a empresa tenha apenas "entre dois e cinco milhões de dólares". Ainda de acordo com a decisão judicial (PDF aqui), Fung tem sete dias para fechar o isoHunt e outros três sites que redirecionam para ele: Podtropolis, TorrentBox e Edtk-it.com.

"É triste ver meu bebê indo embora. Mas eu lutei a boa luta, terminei a corrida e me mantive fiel", escreveu ele em seu blog. "Dez anos e meio de isoHunt foi uma longa jornada em qualquer definição de negócio e uma eternidade para empresas de internet. Começou como um hobby de programação na universidade que se tornou muito, muito mais. Foi uma experiência de aprendizado além do que eu podia imaginar. Fiz o que pude para impulsionar os benefícios do BitTorrent e da troca de arquivos, da busca e compartilhamento de cultura, mas está na hora de seguir em frente em busca de novas ideias e projetos de software."

Segundo o ArsTechnica, Fung desistiu da longa batalha travada contra Hollywood a poucas semanas de se defender nos tribunais. Uma audiência do caso estava marcada para 5 de novembro. Decisões anteriores já haviam definido que ele era culpado por "induzir a violação de direitos autorais", portanto o julgamento seria para determinar os danos a serem pagos. Os advogados dos estúdios pediam indenização de US$ 600 milhões.

O isoHunt é um dos maiores sites de torrents do mundo, ao lado do Pirate Bay. Fung dizia ter 44,2 milhões de usuários. Em sua defesa, alegava administrar apenas uma ferramenta de busca neutra, como o Google, sem nunca copiar ou gerar conteúdo ilegal. Mas esse argumento não é aceito pela justiça americana desde o caso da MGM contra o Grokster, em 2005, quando começou a ser aplicado o conceito de "induzir a violação de direitos autorais" em troca de verba publicitária no site.

"O acordo de hoje é um grande passo para compreendermos o enorme potencial da internet como uma plataforma de inovação e comércio legítimos", disse Chris Dodd, presidente da Associação de Estúdios de Cinema dos EUA, em comunicado oficial. "Também manda um recado forte para aqueles que constroem negócios em torno de encorajar, permitir ou ajudar outros a violarem direitos autorais."

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