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Preferência é pelo mercado doméstico

As empresas que ingressaram no mercado em 2009 eram, em sua maioria, voltadas para setores que atendem prioritariamente o mercado doméstico, como comércio, alojamento e alimentação e construção, segundo o IBGE. Para a técnica Denise Guichard, esse perfil difere do de 2008, quando o ingresso de empresas se baseou em ramos mais voltados para o setor externo, como a indústria. Isso mostra, diz, a tendência de expansão do consumo interno como propulsor da economia do país em 2009.

Folhapress

A crise econômica mundial não afetou nem a criação nem a sobrevivência das empresas no Brasil em 2009. Na realidade, foram criadas mais empresas no período, segundo a pesquisa Demografia das Empresas 2009, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De cada cinco empresas existentes no país em 2009, uma era nova.

"Apesar de ser um ano de crise, houve um aumento na taxa de entrada de empresas em 2009, na comparação com 2008", ressaltou Denise Guichard, técnica do IBGE e responsável pelo estudo. Dos 4,3 milhões de companhias ativas no período, 946,7 mil (22,2%) eram recém-criadas. Por outro lado, foram desativadas 755,2 mil empresas no ano, ou 17,7% do total. O número mostra um saldo positivo para a criação de empresas no período, com mais registros de entradas que de saídas do mercado. Portanto, a taxa de sobrevivência foi de 77,8% – 3,3 milhões das empresas ativas em 2009 eram sobreviventes.

As empresas ativas no país ocupavam 34,4 milhões de pessoas, sendo 28,2 milhões (82,2%) de assalariados e 6,1 milhões (17,8%) de sócios ou proprietários. Os salários e outras remunerações somaram R$ 476,7 bilhões, uma média mensal de R$ 1.357,99 per capita (2,9 salários mínimos). Na comparação com 2008, tanto o número de empresas quanto o de trabalhadores assalariados cresceram 4,7%.

"No ano anterior [2008] você tinha tido um acréscimo de 1,6 milhão de postos de trabalho; então, houve um ritmo de crescimento menor na geração de emprego, apesar da abertura de mais empresas", explicou Denise. No entanto, a técnica do IBGE explicou que as empresas que foram desativadas em 2009 não afetaram os postos criados. "Você tem uma saída muito grande de empresas que não têm empregados, ou que são compostas só pelo sócio-proprietário, ou que são muito pequenininhas", ressaltou.

De acordo com o levantamento do IBGE, 79,9% das empresas que entraram no mercado em 2009 não tinham empregados e 18,4% tinham de um a nove funcionários. Entre as companhias que foram fechadas, 88,5% não tinham empregados e 10,8% tinham de um a nove trabalhadores. Entre as atividades econômicas, o comércio foi o setor que mais se destacou, com 464,6 mil novas empresas e 394,5 mil companhias fechadas.

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