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Formado em Letras, Allan Valin trocou a vida de redator pela de revisor e conseguiu se recolocar em menos de um mês. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Formado em Letras, Allan Valin trocou a vida de redator pela de revisor e conseguiu se recolocar em menos de um mês.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O aumento na taxa de desemprego no ano passado complicou a vida de quem está tentando voltar ao mercado. Dados do Ministério do Trabalho e do IBGE mostram que 1,54 milhão de vagas formais foram fechadas em 2015, o que fez com que o número de pessoas em busca de uma recolocação crescesse 41,5% em um ano. Com isso, a espera por uma nova oportunidade também aumentou.

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Entre os desempregados, o porcentual dos que estão procurando uma vaga há mais de sete meses e há menos de um ano saltou de 7,3% em janeiro de 2015 para 12% em janeiro de 2016, segundo o IBGE. No mesmo intervalo, cresceu de 16,5% para 21% o grupo dos que estão há pelo menos um ano em busca de trabalho – o maior índice, para o primeiro mês do ano, desde 2008.

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Por causa dessas dificuldades, muita gente está dando novos rumos à carreira e investindo em áreas com mais oportunidades. Foi o que aconteceu com Allan Valin, que deixou a vida de redator para se tornar revisor em uma agência de publicidade. Formado em Letras, ele conseguiu se reposicionar em menos de um mês. “Redação e revisão são dois lados de uma mesma moeda, mas a mudança me levou, de certa forma, de volta à minha área. E ainda estou ganhando mais”, conta.

Essa mudança também exige preparação e alguns cursos podem ajudar a se adequar na nova tarefa. É importante, segundo especialistas, que os novos estudos se encaixem nas qualificações já adquiridas no mercado de trabalho. “O cuidado é para não desperdiçar a experiência que você já tem. É preciso saber para onde virar sua carreira”, diz André Caldeira, consultor da Propósito Capital Humano.

Um curso técnico ou de extensão pode ser mais vantajoso do que uma pós-graduação, pois oferece ferramentas que vão ser úteis no mercado.

Daniella Forster professora da Escola de Negócios da PUCPR.

Tempo

Também é importante avaliar o tempo e os recursos que podem ser investidos na nova capacitação. Em muitos casos, cursos curtos podem ter efeito mais imediato.

“Um curso técnico ou de extensão pode ser mais vantajoso do que uma pós-graduação, pois oferece ferramentas que vão ser úteis no mercado”, avalia a professora da Escola de Negócios da PUCPR Daniella Forster. Para ela, o importante é que a pessoa saiba o que está sendo procurado em um profissional.

Optar por cursos mais longos, por outro lado, traz a vantagem de um aprofundamento maior no conhecimento e uma titulação que pode ser uma vantagem na busca por emprego em algumas áreas – como um MBA para quem atua em setores administrativos.

Contatos

A coordenadora de Pós-Graduação da FAE, Maria Alice Pereira, lembra que é preciso levar em conta também o networking , ou seja, a formação de uma boa rede de contatos. “Uma pós permite que você conheça mais pessoas e isso abre toda a network de que você precisa neste momento”, explica.

Esses relacionamentos podem facilitar a contratação, aponta Marcus Marques, da IBC Coaching. “Quando você chega a uma empresa sendo indicado por alguém, as chances são muito maiores. É uma vantagem competitiva para aquela vaga que faz toda a diferença”, diz. “O interessado preciso procurar essas pessoas-chave e mostrar que está aberto a novas oportunidades.”

Internet facilita procura por oportunidades

A internet se tornou grande aliada de quem quer se mostrar disponível no mercado. Além de facilitar contatos, a rede pode agilizar a busca por uma nova vaga.

“Muita gente ainda prefere entregar currículos pessoalmente, mas o recomendado é que ela faça isso digitalmente, seja por e-mail ou se cadastrando em plataformas dedicadas a isso”, explica a gestora de novos negócios da Operativa RH, Silvia Rocha. “Além de gastar em um momento em que não pode, a pessoa vai desperdiçar um tempo que poderia ser usado para se qualificar.”

O LinkedIn desponta como uma das ferramentas mais úteis nessa busca por oportunidades. O consultor de RH André Caldeira explica que a rede é cada vez mais usada por empresas na hora de procurar candidatos. Por isso, é fundamental que o perfil esteja atualizado e bem elaborado.

Segundo Caldeira, é preciso fazer com que o seu currículo se destaque dos demais. Além de mostrar suas experiências, a página precisa ser abastecida com postagens, compartilhamentos e interações que mostrem que você está realmente interessado na empresa e no mercado onde ela está inserida.

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