Cerca de 1,8 milhão de cubanos devem passar para o setor não-estatal nos próximos cinco anos, disse o Ministério de Finanças, num plano que triplicaria o tamanho do setor privado no país comunista.
Há atualmente cerca de 950 mil agricultores e profissionais autônomos na ilha, o que representa cerca de 15 por cento da força de trabalho. O restante trabalha para o Estado.
Mas reformas econômicas promovidas pelo presidente Raúl Castro devem estimular o setor privado, permitindo que o Estado demita funcionários e reduza seus gastos.
"Consideramos que até 2015 serão incorporados ao setor não-estatal aproximadamente 1,8 milhão de pessoas nas novas formas de gestão", disse a ministra Lina Pedraza em discurso ao Parlamento, transmitido na noite de quarta-feira pela TV estatal.
O governo autorizou em outubro os cubanos a montar pequenos negócios, como restaurantes e salão de cabeleireiro, e anunciou que estimularia o trabalho autônomo para atividades como massagistas, taxistas, cuidadores de idosos ou aluguel de cômodos. Segundo dados oficiais, 35 mil licenças de trabalho autônomo foram concedidas no primeiro mês.
Os novos empresários terão de pagar impostos volumosos - 30 a 35 por cento de imposto de renda, mais 20 a 25 por cento de contribuição social. Pedraza disse que os 143 mil autônomos que existiam antes da reforma contribuíam com apenas 1 por cento da arrecadação tributária total.
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