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Brincar de esconde-esconde parece coisa de criança, mas muita gente leva o jogo para a vida profissional. Pelo menos é o que parece, dada a quantidade de currículos desatualizados que lotam as agências de emprego e deixam recrutadores de mãos atadas. Tanto que não são poucas as pessoas que perdem uma oportunidade de trabalho por conta desse descuido. De acordo com a recrutadora Priscila Deodato, 20% dos currículos contêm dados ultrapassados ou meios de contato ineficientes.

Foi esse o problema que quase fez o auxiliar de produção Sílvio Claro esperar mais tempo por um emprego. Sem telefone, ele listou no currículo o número da vizinha e o celular da sobrinha. No final de março, Claro participou de um processo seletivo e foi aprovado. Deveria começar a trabalhar na segunda-feira seguinte, mas ninguém na agência de recursos humanos conseguiu contactá-lo nos dois telefones. A recrutadora precisou ligar da casa dela num fim-de-semana. "Foi sorte conseguirem me achar. Da próxima vez vou ter que comprar um celular", concorda o rapaz.

Já o metalúrgico Daniel Boaventura não teve a mesma sorte, e não foi encontrado para concluir o processo seletivo de que participava. "Ainda bem que achei outro emprego", conta – sem saber, no entanto, se a outra oportunidade seria melhor.

A dificuldade de contato é comum entre moradores do interior, que chegam à capital sem um número de telefone. Também atinge os descuidados, que mudam de endereço ou telefone e esquecem de avisar as agências de emprego. "O ideal é também atualizar os cursos concluídos", recomenda Priscila.

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