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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai investigar a disparada das ações da Varig nas últimas semanas. Nos últimos sete dias, as ações preferenciais da companhia aérea subiram 534,91%, o que chamou a atenção do xerife do mercado financeiro. Nesta quinta-feira, às 16h28m, os papéis da empresa avançavam 60,7%, a R$ 6,70 - mais de 12 vezes o valor de 13 de abril, quando atingiram a mínima de R$ 0,55.

Analistas consultados pelo Globo Online são unânimes em afirmar que o movimento é especulativo, por mais que recentes declarações do governo - admitindo a possibilidade de ajuda para a companhia aérea - possam ter gerado algum alento.

- É pura especulação. Há muita notícia desencontrada - disse o analista Marcelo Ribeiro, da corretora Pentágono, declarando-se cético quanto à possibilidade de ajuda do governo.

- O máximo que pode acontecer é um oxigênio extra até as eleições - acredita.

Ribeiro lembra que, mesmo quando a empresa estava numa situação muito melhor, o preço médio de seus papéis girava em torno de R$ 1,50. De 2001 para cá, a Varig reduziu em quase metade a sua participação no mercado de vôos doméstico (de 40% para 20%) e teve a situação financeira bastante deteriorada. As dívidas da empresa estão em um patamar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões - os valores variam porque foram feitas várias auditorias.

O operador de bolsa Tommy Taterka, da corretora Concórdia, concorda que as ações da Varig estão "nitidamente sobrevalorizadas".

- Muita gente ganhou dinheiro porque as ações chegaram a valer centavos. Mas é especulação. A Varig não vale esse preço - comenta.

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