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São Paulo - Os fundos de investimento têm se mantido firmes, contrariando a anunciada fuga para a poupança. Nesse cenário, mudanças nas taxas cobradas nos fundos e alterações nas regras da poupança parecem estar cada vez mais distantes. A captação parcial de recursos dos fundos de investimento neste mês é bem superior à registrada pela caderneta de poupança.

Enquanto a indústria de fundos registrou captação líquida (diferença entre saques e aplicações) de R$ 5,54 bilhões até o dia 17, a poupança conseguiu atrair só R$ 1,02 bilhão. O que chama a atenção é o fato de os fundos DI e de renda fixa, que pagam juros – e, consequentemente, foram punidos pela redução da taxa básica Selic –, estarem atraindo ainda forte volume de recursos.

Os fundos DI, que são os que refletem mais diretamente a oscilação da Selic, captaram R$ 1,55 bilhão neste mês até o dia 17 – ou seja, mais do que a poupança. No caso dos fundos de renda fixa, a captação foi de R$ 1,94 bilhão no período. "Os fundos cobram taxas de administração ainda muito elevadas, especialmente se considerarmos o atual nível dos juros básicos’’, afirma Carlos Daniel Coradi, diretor-presidente da consultoria EFC.

Para o consultor, nada deve mudar tão cedo, pois o mercado não está vivenciando a temida migração para a poupança. "Os bancos visam o lucro, e as taxas dos fundos são uma forma de otimizar seus ganhos’’, diz Coradi. A principal alteração que os bancos fizeram foi ampliar as alternativas de aplicações para os clientes tentarem obter taxas mais competitivas. O que a maioria das instituições fez foi reduzir o valor mínimo de aplicação de parte de seus fundos. Na prática, o cliente passou a ter mais opções de investimento. Como as taxas de administração variam, surgiram chances de encontrar uma aplicação com custo menor para o mesmo montante.

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