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O anúncio de recessão na Zona do Euro pela primeira vez desde sua criação, em 1999, a maior queda nas vendas do varejo nos Estados Unidos desde 1992 e notícias de demissões derrubaram as Bolsa de Valores no Brasil e nos Estados Unidos. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) caiu 0,57%, terminando a semana em baixa de 2,4%.

Notícias corporativas desfavoráveis no exterior foram destaque em uma semana de escassos dados econômicos relevantes. Ontem, os Estados Unidos registraram queda recorde nas vendas do varejo em outubro, dado que foi amplificado pela notícia de que a zona do euro entrou em recessão pela primeira vez – embora a França tenha conseguido manter o nariz fora da água. As vendas no varejo caíram 2,8% em outubro nos EUA, a quarta desaceleração seguida e a maior em registro, desde que os números começaram a ser recolhidos, em 1992.

No lado corporativo, as varejistas mostraram números ruins, a agência hipotecária Freddie Mac teve prejuízo e ocorreram anúncios de cortes de emprego. A Sun Microsytems disse que pode cortar até 18% de sua força de trabalho global (6 mil pessoas); o Citigroup também vai cortar vagas, mais de 10 mil, além de elevar o juro do cartão de crédito. No Reino Unido, a BBC informou que o Royal Bank of Scotland pretende eliminar 3 mil postos de trabalho.

Em Wall Street, as baixas ontem se acentuaram no fim do pregão, e o índice Dow Jones terminou com desvalorização de 3,82%. A Nasdaq recuou 5%. Na Europa, as bolsas conseguiram driblar os dados da recessão e fechar em alta. Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 1,53%. Em Paris, o índice CAC-40 avançou 0,67%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 1,31%.

"A semana se mostrou bastante volátil. O mercado financeiro tem oscilado de forma completamente aleatória, ora olhando fundamentos e indicadores, ora desconsiderando-os por completo. Acreditamos que a próxima semana não será diferente", afirma Rossano Oltramari, sócio-diretor da XP Investimentos.

Ações

O resultado da semana na Bovespa foi de certo equilíbrio dentre os papéis de maior liquidez. Se forem consideradas as ações do índice Ibovespa, que é a principal referência da bolsa local, houve 35 baixas e 31 altas.

Os melhores resultados ficaram com papéis de diferentes setores que, de comum, carregam o fato de terem sua produção direcionada à economia interna. A ação ordinária da Souza Cruz apareceu no topo, com alta semanal de 18,34%. Em seguida vieram Cesp PNB (15,12%), TIM Participações PN (12,23%) e CCR Rodovias ON (10,55%).

Dólar forte

O dólar viveu dias de forte pressão na semana. Na quinta-feira, fechou vendido a R$ 2,368, em sua segunda maior cotação do ano. Apesar do recuo de 4,14% ontem, o dólar terminou a semana com apreciação de 5,09%, vendido a R$ 2,27.

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