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Logística

DCL planeja dobrar área de galpões

Empresa do grupo Demeterco usa experiência centenária no varejo para traçar plano de investimentos dos próximos dez anos

A diretora executiva Paola Noguchi diz que a DCL espera crescer até 15% neste ano | Antônio More/Gazeta do Povo
A diretora executiva Paola Noguchi diz que a DCL espera crescer até 15% neste ano (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

A DCL Real Estate, empresa do grupo Demeterco, pretende usar sua experiência de praticamente cem anos no varejo para dobrar sua área de galpões comerciais e centros de distribuição nos próximos dez anos. A intenção dos antigos donos dos supermercados Mercadorama e Big é saltar dos atuais 235 mil metros quadrados de área bruta locável administrados para 470 mil metros quadrados.

O primeiro passo do plano foi o investimento de R$ 20 milhões em empreendimentos neste ano. Os aportes foram destinados para um condomínio logístico e um galpão "built to suit" – feito sob medida para alguma empresa. As duas construções estão em um complexo do grupo em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde a empresa planeja seguir com a construção de novos empreendimentos nos próximos anos.

O anúncio do plano de investimentos a médio prazo vem justamente em um momento em que o mercado de locação comercial e logística anda de lado – alguns dos principais lançamentos da cidade amargam uma vacância de até 70%. "Está é uma realidade do mercado em geral, mas estamos com uma ocupação bastante alta e com boas demandas de clientes", afirma a diretora executiva da DCL, Paola Noguchi.

Segundo ela, os empreendimentos do grupo estão com uma ocupação próxima do total, o que atesta o otimismo. "A ociosidade está abaixo da vacância técnica, de 1,5%", explica. Por conta disso, a expectativa de crescimento da empresa para este ano varia de 10% a 15%.

Varejo

O plano da DCL para driblar a morosidade do mercado é usar a experiência com operações de varejo. O grupo, fundado em 1914, trabalhou exclusivamente com o segmento durante 84 anos e, em 1998, vendeu a operação varejista para o grupo português Sonae – a empresa mantém a administração de 50% dos prédios da rede Mercadorama e Big em Curitiba.

Atualmente, a empresa também administra os ativos de outros varejistas, como Walmart, Daju e Havan. "O comércio varejista exige um cuidado elevadíssimo nas operações. Quando isso é aplicado na locação comercial e nos empreendimentos logísticos, acaba sendo um serviço diferenciado", avalia Paola.

Outra aposta para o plano de expansão fica por conta dos empreendimentos contratados sob medida. Segundo a diretora executiva da empresa, os empreendimentos são mais seguros comercialmente. "Eles já são entregues com a garantia de que o cliente vai usá-lo da maneira que ele foi projetado, sem grandes riscos de vacância", completa.

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