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A diretora executiva Paola Noguchi diz que a DCL espera crescer até 15% neste ano | Antônio More/Gazeta do Povo
A diretora executiva Paola Noguchi diz que a DCL espera crescer até 15% neste ano| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Empreendimentos

Competitividade fiscal faz empresa concentrar negócios em Pinhais

Ainda que conte com empreendimentos em outras cidades e estados, boa parte da operação da DCL hoje se encontra no município de Pinhais, na região metropolitana. Além da relação histórica da empresa com a cidade e a proximidade do Centro de Curitiba – a Rua João Leopoldo Jacomel é a continuação da rua XV de Novembro, a cerca de 10 quilômetros do marco zero da capital – as empresas prestadoras de serviços pinhaienses pagam 2% de Imposto Sobre Serviços (ISS).

Em Curitiba, a alíquota é de 5% e, em outros municípios que tradicionalmente hospedam empreendimentos logísticos, a taxa é de 3%. "Isso pesa. A competitividade aumenta", afirma a diretora executiva da DCL, Paola Noguchi.

470 mil m2 de área bruta locável em forma galpões comerciais e centros de distribuição é a meta da DCL Real Estate para daqui a dez anos. Hoje, a empresa administra 235 mil metros quadrados. Segundo a diretora executiva Paola Noguchi, os empreendimentos do grupo estão com uma ocupação próxima do total. "A ociosidade está abaixo da vacância técnica, de 1,5%", explica.

A DCL Real Estate, empresa do grupo Demeterco, pretende usar sua experiência de praticamente cem anos no varejo para dobrar sua área de galpões comerciais e centros de distribuição nos próximos dez anos. A intenção dos antigos donos dos supermercados Mercadorama e Big é saltar dos atuais 235 mil metros quadrados de área bruta locável administrados para 470 mil metros quadrados.

O primeiro passo do plano foi o investimento de R$ 20 milhões em empreendimentos neste ano. Os aportes foram destinados para um condomínio logístico e um galpão "built to suit" – feito sob medida para alguma empresa. As duas construções estão em um complexo do grupo em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde a empresa planeja seguir com a construção de novos empreendimentos nos próximos anos.

O anúncio do plano de investimentos a médio prazo vem justamente em um momento em que o mercado de locação comercial e logística anda de lado – alguns dos principais lançamentos da cidade amargam uma vacância de até 70%. "Está é uma realidade do mercado em geral, mas estamos com uma ocupação bastante alta e com boas demandas de clientes", afirma a diretora executiva da DCL, Paola Noguchi.

Segundo ela, os empreendimentos do grupo estão com uma ocupação próxima do total, o que atesta o otimismo. "A ociosidade está abaixo da vacância técnica, de 1,5%", explica. Por conta disso, a expectativa de crescimento da empresa para este ano varia de 10% a 15%.

Varejo

O plano da DCL para driblar a morosidade do mercado é usar a experiência com operações de varejo. O grupo, fundado em 1914, trabalhou exclusivamente com o segmento durante 84 anos e, em 1998, vendeu a operação varejista para o grupo português Sonae – a empresa mantém a administração de 50% dos prédios da rede Mercadorama e Big em Curitiba.

Atualmente, a empresa também administra os ativos de outros varejistas, como Walmart, Daju e Havan. "O comércio varejista exige um cuidado elevadíssimo nas operações. Quando isso é aplicado na locação comercial e nos empreendimentos logísticos, acaba sendo um serviço diferenciado", avalia Paola.

Outra aposta para o plano de expansão fica por conta dos empreendimentos contratados sob medida. Segundo a diretora executiva da empresa, os empreendimentos são mais seguros comercialmente. "Eles já são entregues com a garantia de que o cliente vai usá-lo da maneira que ele foi projetado, sem grandes riscos de vacância", completa.

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