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O Brasil registrou em setembro déficit em transações correntes de 2,596 bilhões de dólares, praticamente o mesmo resultado do mês anterior (2,568 bilhões de dólares), e novamente financiado com folga pelos investimentos produtivos de fora.

Segundo dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira (23), o Investimento Estrangeiro Direto (IED) fechou setembro a 4,393 bilhões de dólares. Em agosto, ele havia ficado em 5,034 bilhões de dólares.

O resultado da conta corrente veio praticamente em linha com o esperado por economistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontou saldo negativo de 2,450 bilhões de dólares no mês passado.

Apesar de a economia estar crescendo pouco neste ano, o mercado doméstico aquecido continua sendo um foco de atração para os investidores internacionais, que têm aplicado mais em produção, mesmo com a crise internacional.

Para este ano, o BC calcula que o IED ficará em 60 bilhões de dólares, mais do que o suficiente para cobrir todo o déficit em transações corrente esperado para o período, de 53 bilhões de dólares devido.

A autoridade monetária informou ainda que, no acumulado em 12 meses encerrados em setembro, o déficit ficou em 2,15% do Produto Interno Bruto (PIB), melhor do que os 2,12% vistos em agosto.

Os principais dados que influenciaram o saldo negativo nas transações correntes foram a despesa líquida com viagens, em 1,262 bilhão de dólares em setembro, praticamente mantendo o ritmo do mês anterior, quando ficou em 1,381 bilhão de dólares.

Pesaram também as remessas líquidas de lucros e dividendos, que somaram 1,129 bilhão de dólares no mês passado. O resultado, no entanto, mostra que as multinacionais instaladas no país enviaram menos recursos para suas matrizes, já que em agosto foram 2,523 bilhões de dólares.

No mercado acionário, mostrou o BC, os investidores de fora se desfizeram de suas posições. As aplicações estrangeiras em ações negociadas no país ficaram deficitárias em 1,180 bilhão de dólares no mês passado, sendo que, em agosto, havia sido 1,292 bilhão de dólares de superávit.

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