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O setor público registrou em setembro déficit nominal de R$ 9,171 bilhões, segundo o Banco Central. O valor é menor que o de agosto, quando as contas públicas acumularam saldo nominal negativo de R$ 17,101 bilhões. O resultado, porém, sinaliza reversão quando comparado a setembro de 2010, mês em que o setor público havia registrado superávit nominal de R$ 11,998 bilhões.

O resultado nominal representa o valor que sobra (ou não) do superávit primário após o pagamento dos juros da dívida pública. Quando fica negativo, indica que o país não economizou o suficiente para bancar os juros.

Segundo o BC, a maior "contribuição" para o déficit nominal no mês passado foi gerado pelo governo central, que terminou setembro com saldo nominal negativo de R$ 5,472 bilhões. Os governos regionais tiveram déficit nominal de R$ 3,341 bi­­lhões e as em­­pre­­sas es­­tatais, de R$ 357 milhões.

De janeiro a setembro, o setor público registrou déficit nominal de R$ 72,838 bilhões, o equivalente a 2,43% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período de 2010, o déficit nominal era menor, totalizando R$ 64,266 bilhões ou 2,40% do PIB.

Para Felipe Salto, da Tendências Consultoria, as recentes quedas na taxa Selic devem contribuir para reduzir o déficit nominal até o fim do ano. Mas, para ele, essa é uma situação temporária. "No nosso cenário não se contempla a possibilidade de que o governo vá acordar parar a necessidade de uma política fiscal mais austera, e, portanto, a política monetária vai ficar com o ônus para o controle da inflação. Com isso, a nossa previsão é de que os juros voltem a subir no fim do ano que vem."

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