O professor curitibano Luiz Paixão ensinou matemática e física durante vários anos em escolas do grupo Pitágoras no Japão, mas reclama da quantidade de séries que mantinha ao mesmo tempo, entre o ensino fundamental e o médio.
Ele foi professor e administrador de escolas nas cidades de Moka e Tomi. "Cheguei a dar aula para sete séries ao mesmo tempo, com 30 alunos no total", diz. "Às vezes eu conseguia dividi-los em duas salas, e me deslocava entre elas."
Quando reclamava, a escola informava que não podia contratar mais profissionais. "Foi um teste violento para mim como professor", diz.
Para o grupo Pitágoras, é bom para os alunos interargir com outros mais novos ou mais velhos, pois o conteúdo das séries anteriores é reforçado. "Pode tratar-se de uma inadequação do profissional, que está acostumado ao modelo tradicional de ensino", diz a assessora de comunicação Anna Costa.
O salário de US$ 2,5 mil, também recebido pela esposa igualmente professora, foi a compensação por algum tempo, mas o casal decidiu voltar quando a filha pequena entrou em crise com a escola, que, aliás, era também casa para a família. "Alguns pais deixavam a criança das 7 horas às 19 horas na escola e ainda trabalhavam no fim de semana, para acumular o máximo de dinheiro", diz. Mas Paixão é pessimista sobre a condição dos dekasseguis no Japão. "Muitas vezes eles nem voltam para o Brasil", diz. (HC)
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