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Seguro à moda paranaense

O Paraná aumenta sua projeção na área de seguros. Além da militância do ex-governador João Elísio Ferraz de Campos, que preside a Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), outro paranaense assume a presidência da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor). Trata-se de Robert Bittar (foto), que passa a liderar 26 sindicatos e mais de 60 mil corretores de seguros, entre pessoas físicas e jurídicas.

Bittar conversou com o repórter Alexandre Costa Nascimento sobre os desafios do mercado brasileiro.

Como fica o seguro em um ano atípico como deve ser 2009?

Como em toda a economia do país, não se tem um cenário dos mais prósperos para este ano, especialmente no primeiro semestre. Mas a perspectiva é que a recessão no Brasil não seja da mesma intensidade da que deve ocorrer nos EUA, Europa e Ásia. De qualquer forma, sempre crescemos bem acima do PIB. Em 2008 fechamos o ano com expansão de 17,6% e para 2009 temos a estimativa de crescer entre 12% e 17%.

Em que deve se basear esse crescimento?

O desaquecimento da indústria automobilística deve ter reflexo, mas contamos com incrementos de outras áreas de cobertura. Uma das apostas é o setor de microsseguros, para as classes sociais C, D e E. É uma oportunidade de inserção social e cria esse hábito de consumo. Este é um enorme mercado potencial. Também planejamos o lançamento de outros produtos de cunho social, como a garantia da educação dos filhos em caso de falecimento dos pais.

Qual o peso do Paraná neste mercado?

O Paraná representa 6% do mercado global brasileiro e ocupa a quinta posição nacional, praticamente em empate técnico com o Rio Grande do Sul. A lista é encabeçada por São Paulo, seguida por Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Por três dias, associações industriais esbravejaram contra a exigência de licenças de importação para mais de 3 mil produtos, entre os quais máquinas e matérias-primas essenciais para a produção. Mas, ao contrário do que ocorre em relação a assuntos como a taxa de juros, desta vez a Federação das Indústrias do estado, a Fiep, não tinha posição sobre o assunto.

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Embora 40% da pauta de importações do estado fosse afetada pela regra, a federação disse não ter recebido manifestações formais de seus filiados. E foi só no fim do terceiro dia de broncas contra o governo que anunciou a intenção de consultar os empresários e tomar posição oficial, que sairia, provavelmente, nesta semana.

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Não foi preciso: 32 minutos depois desse comunicado, o governo suspendeu a exigência de licenças. Graças ao lobby da indústria paulista.

Lapso tributário

Os produtos de higiene pessoal, como papel higiênico e sabonete, devem passar por uma espécie de "soluço" inflacionário neste começo do ano. Desde 2007, o setor tinha redução na alíquota de ICMS, de 18% para 12%. O benefício venceu no fim de dezembro e não foi prorrogado. Como os itens de higiene pessoal estão dentro da minirreforma tributária do governo do estado, eles voltam a ter alíquota de 12% em abril, quando a nova regra para o ICMS entra em vigor.

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Para os fabricantes, o lapso legal virou um grande problema. A Sepac, que produz papel higiênico, calcula que seus custos subiram 10%.

Preferência

A operadora telefônica GVT está comemorando o bom desempenho na portabilidade numérica no DDD 41, que abrange Curitiba e região metropolitana. A companhia divulgou nesta semana que 91% das 1.226 pessoas que mudaram de operadora de telefone fixo na região foram para a GVT. O diretor de marketing da empresa, Ricardo Sanfelice, acredita que o fato de a empresa estar sediada em Curitiba pode explicar, em parte, os bons índices.

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Curitiba também registrou uma situação atípica nas estatísticas da portabilidade numérica: 60% das solicitações de mudanças feitas no DDD 41 foram para a telefonia fixa – exatamente o inverso do que tem ocorrido no resto do país, em que a maioria dos pedidos é feito para a telefonia celular.

Ponto

Que os curitibanos são trabalhadores, ninguém duvida. Mas nada como ver essa percepção se traduzir em números. Segundo pesquisa Ethos/Rede Paranaense de Comunicação, que ouviu 2.935 pessoas no fim de 2008, 54% dos trabalhadores têm carga horária superior a 40 horas semanais.

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Quem tem entre 25 e 39 anos lidera o time do cartão-ponto mais carregado: 58% dessa turma trabalha até mais de 48 horas por semana.

Namoro antigo

O namoro entre o governo estadual e o Banco Mundial para colocar em prática um projeto de inclusão social na região central do estado já vai longe. O programa, que pretende promover alternativas econômicas nos 127 municípios de menor IDH, tem sido anunciado pelo governo desde abril de 2005, mas só este ano parece ter entrado na pauta da instituição financeira. E o prazo para aprovação termina em junho.

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Se a promessa se concretizar, haverá US$ 50 milhões para aplicar em quatro anos, com a contrapartida estadual de outros US$ 30 milhões, em projetos de estímulo ao empreendedorismo urbano e rural.

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