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A fabricante norte-americana de computadores Dell amplia a partir desta semana sua aposta no mercado brasileiro, o quarto maior do mundo em vendas, introduzindo a venda em redes varejistas.

A empresa começa a distribuir máquinas pelas redes do grupo Wal-Mart em um momento de forte expansão da indústria e que coincide com a decisão da matriz de diversificar o modelo de venda direta que acompanha a Dell desde sua fundação.

A nova estratégia foi anunciada pela matriz em maio e, depois de ter sido implementada no Japão, Reino Unido e China, chega ao Brasil agora e ao México em outubro.

A Dell ocupa a terceira posição no ranking dos maiores fabricantes de PCs no Brasil, com 5,9 por cento do mercado, segundo a IDC.

O início das vendas no varejo pode gerar um impulso na missão de liderar um setor que conta com margens apertadas e forte competição. A brasileira Positivo é líder, com 17,7 por cento, seguida da maior do mundo, a norte-americana HP, com 8,7 por cento.

"Identificamos necessidade de uma parcela da população e de clientes potenciais em visualizar o que estão comprando", disse à Reuters o gerente regional de vendas da Dell, Daniel Neiva, por telefone.

A aposta da companhia começa cautelosa, com oferta inicial de apenas dois modelos de computadores de mesa com duas configurações diferentes cada, apesar da ampla linha de desktops e notebooks que vende pela Internet e por telefone.

MAIS MODELOS

Mas o investimento, que não é revelado pela Dell, será ampliado nos próximos meses, após o fim da exclusividade de distribuição com o Wal-Mart, terceiro maior grupo varejista do país, explicou Neiva.

"Temos planos de ampliar, sim, nossa atuação no varejo nos próximos trimestres... É natural iniciar por desktops, mas temos planos de ampliar", acrescentou.

O mercado brasileiro de PCs deve movimentar 10 milhões de unidades este ano, entre notebooks e desktops, segundo associação da indústria, a Abinee. O volume representa um incremento de cerca de 20 por cento sobre 2006.

"O crescimento (nas vendas de PCs) é muito sólido entre os usuários domésticos e entre pequenas e médias empresas. Acreditamos que se manterá sólido no ano que vem", disse o executivo.

O otimismo também é compartilhado pelo Wal-Mart, que vê demanda ainda reprimida dos consumidores e registra este ano, até agosto, incremento de 80 por cento no valor das vendas da área de informática em relação ao mesmo período de 2006.

"E não é por causa de inflação, não", disse o vice-presidente comercial da Divisão de Varejo do Wal-Mart, José Eduardo Cabral, sem revelar números.

Segundo ele, a parceria ajudará a Dell a "aprender a vender no varejo".

"A demanda por desktop é maior que a de notebook, e como eles (Dell) nunca operaram no varejo no Brasil, preferiam optar por um aprendizado (antes de venderem notebooks)", disse Cabral.

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