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Um dos 270 pontos de venda da Expovest: clientela vem de estados vizinhos para comprar roupas da próxima estação | Osmar Nunes-/Gazeta do Povo
Um dos 270 pontos de venda da Expovest: clientela vem de estados vizinhos para comprar roupas da próxima estação| Foto: Osmar Nunes-/Gazeta do Povo

A lojista Raquel Fabiana Emiliano viajou por 12 horas entre a cidade de São Gabriel do Oeste (MS) e Cianorte para fazer compras ontem na 26.ª Exposição do Vestuário. A atração de visitantes de fora do estado é um bom sinal. Aberta no último domingo, a Expovest termina hoje com a expectativa do retorno ao potencial de vendas que havia sido afetado no ano passado pela crise financeira internacional e pela gripe suína. "Fiz a viagem até o Paraná para reabastecer minha loja e manter a clientela", disse Raquel.A empresária Rosania Ruiz de Alemar, que também é secretária da Associação das Indústrias de Confecções e do Vestuário (Asconvest), diz que os problemas de 2009 parecem completamente superados: "Os shoppings onde ocorre a feira nunca estiveram tão movimentados". São lojistas que vêm do Rio Grande do Sul, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e de diversas cidades paranaenses para aproveitar os preços e os lançamentos para a coleção primavera/verão.

Os organizadores esperam que cerca de 30 mil visitantes passem pelos 270 pontos de vendas de roupas espalhados pelos quatro shoppings e pela Rua da Moda, no centro de Cianorte. O diretor do vestuário na Secretaria Municipal da Indústria e Comércio, Luiz Fantini, diz que o número de empregos diretos e indiretos nas confecções locais já se aproxima dos 40 mil. "O emprego aumenta nas indústrias em torno de 20% nas semanas próximas da Expovest. Cerca de mil empregos temporários são criados somente na semana da feira."

Relevância

Fantini explica que a cidade produz em média 6 milhões de peças de roupas por mês e já conta com 700 grifes. O setor corresponde a 55% da economia de um município que já foi essencialmente agrícola, mas que decidiu investir na costura como forma de sobreviver depois das geadas que dizimaram os cafezais nos anos 1970.

Hoje o município não vive apenas da costura, mas sim da produção de moda. A cidade conta com dois cursos superiores e as fábricas da região Noroeste do estado investem também em estilistas, viagens e pesquisas sobre tendências nacionais e internacionais. Nas passarelas da Expovest, os desfiles costumam antecipar estilos em jeans, moda masculina, feminina, infantil e gestantes, além de moda íntima e acessórios.

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