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O tão esperado 787 Dreamliner, da Boeing, tornou-se uma realidade comercial no domingo, quando a fabricante de aviões norte-americana assinou contrato para entrega do maior avião comercial fabricado com compósitos do mundo a um cliente japonês.

A Boeing afirma que a estrutura do jato baseada em plásticos vai gerar uma economia de combustível de 20 por cento para a All Nippon Airways e outras companhias aéreas que o utilizarem e proporcionará uma viagem mais confortável aos passageiros, com melhor espaço da cabine e grandes janelas com claridade regulada eletronicamente.

A aeronave foi entregue com um atraso de mais de três anos depois de seguidos problemas que custaram a Boeing bilhões de dólares.

"Trabalhamos duro para que esse dia chegasse", disse Scott Fancher, vice-presidente e gerente geral do programam 787. "Há cerca de uma hora atrás transferimos a propriedade do primeiro 787 para a All Nippon Airways", disse ele, no final de dois dias de comemorações na fábrica do avião, em Seattle.

A aeronave de longo alcance que custa 200 milhões de dólares, tem um novo e elegante design e partirá para o Japão na terça-feira. O jato começará a realizar voos domésticos em 26 de outubro.

A Boeing vendeu mais de 800 Dreamliners, que competirão com o futuro Airbus A350, que deve ficar pronto em meados dessa década.

A esperada assinatura do contrato aconteceu uma semana depois que outra grande entrega, o primeiro 747-8 cargueiro, foi subitamente adiada devido a uma disputa com o cliente.

O Seattle Times informou no domingo que os custos do programa 787 haviam superado os 32 bilhões de dólares. Isso levantou dúvidas, de acordo com o jornal, sobre se o avião revolucionário dará lucro para a Boeing, "bem antes de 2020, ou em algum momento".

Depois de uma série de falhas para colocar o avião em funcionamento, a Boeing também enfrenta o desafio de alcançar a sua meta de aumentar a produção de dez aviões por mês até 2013, dizem os analistas.

"A primeira entrega é o final de um caminho longo e doloroso para a Boeing", disse o analista aeroespacial Scott Hamilton.

"Eles nunca tiveram um programa de avião comercial que tenha tido tantos problemas quanto este, então, sim, é um marco, mas os desafios ainda não acabaram. A Boeing precisa conseguir ter uma produção estável e crescente e ainda precisa fazer mudanças em cerca de 40 aviões o que, segundo eles, vai levar anos para ser concluído."

A Boeing se recusou, até agora, a dizer quantos aviões precisa vender para não ter prejuízo.

"Se for 1.200, eles devem ganhar dinheiro; se for mais do que isso, então isso poderá ser um desafio", disse Hamilton.

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