O porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj Tardio, afirmou nesta terça-feira que a instituição não pode oferecer financiamento de curto prazo a Portugal para ajudar o país até que um novo governo local seja formado. As eleições em Portugal estão programadas para junho.
Na segunda-feira, o jornal português Público afirmou que a União Europeia e autoridades portuguesas estavam discutindo um possível empréstimo-ponte para Portugal. Isso evitaria que o país precisasse tomar empréstimos nos mercados financeiros, onde o yield (retorno ao investidor) dos bônus do governo operam nas máximas recordes, a quase 9%. "A Comissão não faz empréstimos como esse", disse Tardio.
Segundo o porta-voz, o único financiamento disponível para Portugal seria por meio da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) ou o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), que vai substituir a EFSF em 2013. "As condições para ambos são: uma solicitação pelo país membro e um acordo sobre um programa de ajuste econômico", declarou.
Os comentários foram feitos antes de uma reunião, prevista para esta terça-feira, na qual os bancos portugueses vão expressar sua crescente relutância em comprar mais dívida do governo, que enfrenta o vencimento de 9 bilhões de euros em dívida até o fim de junho.
Esse cenário deixa Portugal com cada vez menos opções para evitar um pedido formal de socorro financeiro da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), ao mesmo tempo que enfrenta uma aquecida campanha eleitoral. As informações são da Dow Jones.
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