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Fila de desempregados em Nova Iorque: trabalhadores em funções precárias já são 9 milhões | Mario Tama/AFP
Fila de desempregados em Nova Iorque: trabalhadores em funções precárias já são 9 milhões| Foto: Mario Tama/AFP

Mesmo com dados ruins, bolsa acumula alta de 5,9%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a semana no mais elevado patamar desde 3 de outubro do ano passado. Com valorização acumulada de 5,93%, o índice Ibovespa, principal termômetro do mercado nacional, fechou a sexta-feira aos 44.390 pontos.

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Disney demite 1,9 mil trabalhadores

A Walt Disney Company informou ontem que vai fechar 1,9 mil postos de trabalho em seus parques temáticos nos Estados Unidos, em uma medida que faz parte do plano de reestruturação do grupo, anunciado em fevereiro. As demissões representam um corte de 11% dos funcionários assalariados do grupo. Segundo a empresa, o plano de reestruturação prevê a abertura de 700 novas vagas para compensar os cortes. A Disney não informou em quanto espera reduzir seus custos com as demissões.

Nova Iorque - A economia norte-americana perdeu mais 663 mil empregos em março, elevando o total de desempregados no país a 5,1 milhões desde o início da atual recessão, em dezembro de 2007. A taxa de desemprego subiu de 8,1% para 8,5%. É o maior porcentual desde 1983, há um quarto de século.

As estatísticas, divulgadas pelo Departamento do Trabalho, revelam que a deterioração do mercado de trabalho não atinge apenas os que perderam seus empregos. O número de pessoas em funções precárias ou temporárias cresceu em 423 mil no mês passado, deixando agora 9 milhões de trabalhadores nessa condição.

No total, existem hoje 13,2 milhões de desempregados nos Estados Unidos. O país tem cerca de 300 milhões de habitantes, e pouco mais da metade faz parte da chamada População Economicamente Ativa (PEA).

Dos 5,1 milhões de desempregados originados nesta recessão, mais de 2 milhões foram dispensados nos três primeiros meses do ano. No horizonte, não há ainda nenhum sinal de recuperação no mercado de trabalho. Ao contrário.

Na semana passada, o total de pedidos de seguro-desemprego nos EUA até o dia 21 de março atingiu 5,7 milhões. E a velocidade com que mais pessoas estão buscando o benefício alcançou um novo recorde na semana passada.

"Os pedidos de seguro-desemprego são um dos primeiros sinais de recuperação na economia, e não há nada de positivo nesse campo ainda. Mesmo um alento na demanda nesta fase não encoraja as empresas a voltar a contratar", afirma Ian Shepherson, analista da High Frequency Economics.

O Departamento do Trabalho também revisou as estatísticas de janeiro, elevando a 741 mil o total de desempregados. É o maior número para um único mês desde outubro de 1949. O total em fevereiro ficou inalterado em 651 mil.

O desemprego também vem contribuindo para uma rápida deterioração dos índices de inadimplência nos EUA. Segundo a American Bankers Association (a Febraban norte-americana), o não pagamento de empréstimos por pessoas físicas no país encontra-se hoje no nível mais elevado (3,22%) desde que essas estatísticas começaram a ser levantadas, em meados dos anos 1970.

Os dados do Departamento do Trabalho mostram que, fora as áreas de saúde e educação (mais relacionadas ao Estado do que outras), nenhum outro setor da economia produziu aumento de vagas em março. A indústria liderou os cortes, com 161 mil demissões, seguida pelo setor de serviços, com 133 mil fechamentos, e pela construção civil, que dispensou 126 mil.

Em janeiro, quando o governo de Barack Obama conseguiu a aprovação de um pacote de estímulo fiscal de US$ 787 bilhões no Congresso, a expectativa oficial era que o desemprego atingisse 8,9% só no final de 2009. Mantida a velocidade atual, o índice pode resvalar em 9% daqui a um ou dois meses.

Pior para trás

Alguns analistas acreditam, porém, que o pior pode já ter ficado para trás. Tradicionalmente, mesmo quando uma recessão termina, o nível de desemprego tende a crescer por algum tempo antes de as empresas voltarem a contratar.

"Não creio que uma eventual recuperação a partir do final do ano possa ser descartada. As demissões [em março] foram significativamente menores do que em janeiro, que pode ter marcado um pico", diz Bernard Baumohl, economista do Economic Outlook Group.

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