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 | Foto: Marcos Santos/ USP Imagens/Fotos Públicas
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Com maior procura de emprego e fechamento de vagas, a taxa de desemprego do Brasil voltou a subir no mês passado e encostou em 8%, maior patamar para outubro em oito anos, ao mesmo tempo em que a renda recuou em meio ao cenário recessivo e inflação elevada.

Em outubro, a taxa foi a 7,9% segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira, maior para esses meses desde 2007 (8,7%).

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa permanecesse em 7,6%, depois de ter ficado estável em setembro a 7,6%.

Segundo o IBGE, a taxa da população ocupada recuou a 51,1%, sobre 51,7% em setembro, somando 22,5 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, a população desocupada cresceu a 4,4% em outubro, ante 4,2% em setembro, somando 1,9 milhão de pessoas. Sobre um ano antes, isso significou que mais 771 mil trabalhadores estavam à procura de uma vaga.

Renda do trabalhador cai pelo 9º mês com inflação alta e mercado em baixa

O rendimento médio foi de R$ 2.182, queda de 7% em relação ao verificado em igual período do ano passado

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“Tem mais gente procurando trabalho sem haver absorção. O mais delicado é que muitas pessoas que estavam ocupadas estão sendo dispensadas”, afirmou a técnica da pesquisa, Adriana Beringuy.

O mercado de trabalho vem sendo uma das vítimas do cenário de recessão que assola o país, exacerbado ainda pela crise política que arruina a confiança dos empresários.

A PME, cujo levantamento ocorre em seis regiões metropolitanas, mostrou ainda que a renda média da população recuou 0,6% em outubro, para R$ 2.182,10 mensais, queda de 7% na base anual.

No trimestre até agosto, o desemprego no Brasil chegou a 8,7%, e renovou o maior patamar histórico da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua iniciada em 2012. Mais abrangente, a Pnad Contínua substituirá a PME, que reúne apenas seis regiões metropolitanas, no início do próximo ano.

Somente em setembro, o Brasil fechou 95.602 vagas formais de trabalho, no pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 1992, segundo dados do Ministério do Trabalho.

A pesquisa Focus do Banco Central aponta que a expectativa de economistas é de que a economia vai contrair 3,1% este ano e 2% em 2016.

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