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A taxa de desemprego brasileira subiu a 7,4% no trimestre finalizado em fevereiro, com maior procura por trabalho e fechamento de vagas, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

O número divulgado nesta quinta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou forte piora em relação à taxa de 6,8% registrada nos três meses até janeiro.

A taxa ficou ainda acima da que foi vista no mesmo período de 2014, também de 6,8%, e da registrada no trimestre encerrado em novembro – que corresponde aos três meses imediatamente anteriores ao período anunciado–, de 6,5%.

“O mercado quebrou um ritmo de queda (da taxa de desemprego) que se via no mercado até há pouco tempo. No período mais curto não tem uma geração de vagas e a procura se tornou bem maior”, explicou o coordenador da pesquisa Cimar Azeredo.

Em relação à Pesquisa Mensal de Emprego (PME) a leitura de fevereiro da Pnad Contínua também mostrou piora, uma vez que a PME apontou taxa de 5,9% no segundo mês do ano. A Pnad Contínua tem abrangência nacional e o objetivo é que substitua a PME, que leva em consideração dados apurados apenas em seis regiões metropolitanas do país.

Segundo a Pnad Contínua Mensal, no trimestre até fevereiro o número de desocupados, que inclui aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho, atingiu 7,401 milhões de pessoas, alta de 14,7% ante os três meses encerrados em novembro. O IBGE usa a comparação com o trimestre imediatamente anterior ao período anunciado para evitar repetição de dados relativos aos meses anteriores.

A população ocupada, por sua vez, teve queda de 0,4% nos três meses até novembro, para 92,305 milhões, de acordo com o IBGE. Já o nível de ocupação, que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, caiu a 56,4 por cento nos três meses até fevereiro, ante 56,9 por cento no trimestre até novembro.

Por outro lado, o rendimento real dos trabalhadores avançou 1,3% na comparação entre os dois períodos, para R$ 1.817.

O mercado de trabalho brasileiro vem enfrentando uma menor criação de vagas e ao mesmo tempo maior procura de trabalho, em um cenário de deterioração econômica diante de inflação e juros altos e perspectiva de contração do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

Em fevereiro, o Brasil perdeu 2.415 vagas formais de trabalho, no pior resultado para o mês desde 1999, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.

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