A destruição de riqueza das bolsas de valores ao redor do mundo já soma US$ 29 trilhões de outubro do ano passado até o dia 25 de novembro de 2008, segundo revelou nesta quarta-feira (26) o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. As perdas foram calculadas com base no valor de mercado antigo das bolsas.
"Se comparamos a crise de 1929 com a de agora, o pico foi equivalente. Em 1929, a bolha foi muito pronunciada nas últimas 40 semanas [que antecederam a crise]. Desta vez, houve sim subida, mas menos pronunciada. Nos valores que prevaleciam nas 150 semanas antes da crise atual, houve queda até maior, o que poderia sinalizar duração menor [da crise atual]. Na medida em que boa parte do ajuste já teria sido feito", disse o presidente do BC.
Segundo Henrique Meirelles, as perdas do sistema bancário mundial, por sua vez, estão próximas a US$ 1 trilhão. "Boa parte foi recomposto, principalmente via aporte de recursos do governo dos países afetados. Cerca de US$ 600 bilhões colocados à disposição para recapitalização dos bancos", disse o presidente do Banco Central.
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