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O Deutsche Bank previu um futuro desanimador após registrar queda acentuada em operações com dívidas, enquanto o Santander informou que dívidas de difícil recuperação cresceram.

O Deutsche Bank anunciou nesta quinta-feira que sofreu um prejuízo líquido de quase 5 bilhões de euros em 2008, pressionado por grandes baixas contábeis e queda nas receitas com operações de dívida e outros produtos, que recuaram de 8,4 bilhões de euros (11 bilhões de dólares) para 124 milhões de euros.

O resultado do banco alemão é um duro contraste com o lucro do espanhol Santander.

A instituição espanhola, que não sofreu grandes baixas contábeis que afetaram o Deutsche, anunciou lucro líquido de quase 9 bilhões de euros no ano passado.

Mas as dívidas de difícil recuperação como total de empréstimos subiram para 2,04 por cento no final de dezembro, ante 1,63 por cento em setembro, com performance fraca nos importantes mercados da Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.

Apesar das preocupações sobre a economia espanhola, o presidente-executivo do Santander, Emilio Botin, conseguiu fazer com que o maior banco da zona do euro evitasse o pior da tempestade financeira ao focar a instituição numa fórmula simples de banco de varejo e distância do mercado imobiliário.

O Deutsche Bank, por outro lado, estava no auge com suas operações de banco de investimento quando a crise atingiu a economia, forçando a instituição alemã a registrar baixas contábeis de mais de 9 bilhões de euros.

O banco alemão correu para se reinventar como um banco de varejo durante a crise, fechando acordo para comprar o Postbank. Mas a manobra veio muito tarde. Na quinta-feira, o presidente-executivo da instituição, Josef Ackermann, divulgou um comentário negativo, prevendo "condições muito difíceis para a economia global" e "desafios significativos para nossos clientes e nossa indústria".

"Estamos muito decepcionados com o resultado do quarto trimestre e com o consequente prejuízo líquido de 2008", acrescentou, citando condições de mercado "completamente sem precedentes" e que deixaram às claras a fraqueza no modelo de negócios.

Ackermann, que chegou a proclamar que a crise para o banco havia acabado antes de ter começado, disse repetidas vezes que o Deutsche não quer ajuda estatal para sair da tempestade econômica.

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