Com o surgimento do foco de aftosa na Argentina, a superintendência estadual do Ministério da Agricultura no Paraná destinou dez fiscais para atuar em Foz do Iguaçu, nas pontes Tancredo Neves (Brasil-Argentina) e da Amizade (Brasil-Paraguai). Além da desinfecção dos pneus e rodas dos veículos e dos calçados dos pedestres com ácido cítrico, os fiscais impedem a entrada de animais vivos e seus subprodutos como couro e miúdos vindos da Argentina. A exceção é a carne bovina desossada, maturada e embalada, pela qual não há a possibilidade de transmissão do vírus da aftosa. Segundo o superintendente estadual do ministério, Valmir Kowalewski de Souza, não há data prevista para a divulgação dos resultados de 2.205 amostras de sangue colhidas em dez fazendas do Paraná. Extra-oficialmente, cogita-se que essas análises poderão confirmar novos focos de aftosa no estado. Já há um foco confirmado na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (região Norte), que abriga 1.795 animais, mas uma liminar judicial impede o sacrifício deles.
A escassez e a demora na liberação de recursos foram apontadas pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, como causas do ressurgimento da aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná. Neste ano, segundo ele, a defesa sanitária contará com US$ 130 milhões (cerca de R$ 300 milhões) do orçamento do ministério, além dos recursos destinados nas emendas parlamentares para as ações de sanidade. No ano passado, o governo liberou R$ 202 milhões para custear a área de defesa animal e vegetal do Ministério da Agricultura.
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