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A presidente Dilma Rousseff se encontrou com o presidente Barack Obama na primeira sessão de trabalho do G20 | Roberto Stuckert Filho/PR
A presidente Dilma Rousseff se encontrou com o presidente Barack Obama na primeira sessão de trabalho do G20| Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (3) aos demais líderes do G20 que o Brasil continua pronto para contribuir com recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI) na busca de uma solução para a crise na Europa.

Veja as imagens dos líderes e dos protestos na Conferência do G20

Em almoço que marcou o início oficial da reunião de cúpula do G20, Dilma manifestou preocupação de que a crise respingue nos países emergentes e frisou a importância de o grupo pensar em medidas que possam alavancar o crescimento global.

A expectativa na semana passada era que o G20 pudesse definir um modelo de apoio ao plano de resgate da Grécia aprovado pela União Europeia na última quinta-feira. O Brasil vinha afirmando sua disposição de fornecer mais recursos via acordos bilaterais com o FMI que pudessem se traduzir no compromisso de futuros aumentos de cotas na instituição.

As incertezas em torno da zona do euro, contudo, se aprofundaram após a convocação pelo governo grego de um referendo para consultar a população sobre o plano de resgate, ou sobre a permanência no euro. Em meio a preocupações crescentes de que a Grécia possa deixar a moeda comum europeia, diminuiu a expectativa de que o grupo, e em particular a China, possa se comprometer com uma ajuda mais substancial a Atenas.

Dilma afirmou que o Brasil é solidário com a Europa, mas defendeu que as dificuldades demandam liderança e uma ação clara e rápida. Segundo uma fonte familiarizada com o encontro, a presidente frisou que o continente é um "patrimônio democrático" que precisa ser preservado.

Pela manhã, antes da abertura dos trabalhos do G20, Dilma participou de encontro com os demais líderes dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China. Na reunião, segundo a delegação chinesa, o grupo trocou impressões sobre a situação econômica global e discutiu a crise de dívida da Europa.

Ainda durante a manhã, Dilma teve reuniões bilaterais com o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, e com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong.

O esboço do comunicado da reunião de cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) destaca a necessidade de se retornar ao crescimento equilibrado, mas deixa em branco cláusulas sobre políticas cambiais e recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os líderes do G20 reúnem-se no Palais des Festivals, Cannes, França, nesta quinta-feira e sexta-feira com uma pauta sobre um plano de ação para o crescimento econômico e a regulação do sistema financeiro mundial. Mas o assunto dominante do encontro tem sido o plano de resgate oferecido pela União Europeia à Grécia, ameaçado por um referendo popular, convocado pelo premier George Papandreou.

O esboço do comunicado, datado de 2 de novembro, concorda com um plano de ação para empregos e crescimento do qual todos os 20 países-membros participarão, mas não inclui detalhes, que devem vir em anexo no comunicado final. O grupo compromete-se a trabalhar em direção a um sistema monetário global que reflita melhor as economias emergentes.

A tarefa mais importante da reunião do G-20 é solucionar a crise na Europa, observou o presidente americano Barack Obama após reunir-se com Sarkozy. Já Sarkozy disse que o euro é o coração da Europa. "Se o euro explodisse, a Europa explodiria", afirmou o presidente francês.

Obama pediu que os líderes europeus fechem os detalhes do plano anticrise, notando que houve alguns passos importantes para a solução dos problemas da dívida da região. Segundo o presidente americano, a maior parte da conversa com Sarkozy foi focada na questão de fortalecimento da recuperação da economia global.

O presidente da França observou, por sua vez, que ele e Obama coincidiram com relação à necessidade de se obter mais contribuição das instituições financeiras. Vale notar que a França defende um novo imposto sobre as transações financeiras internacionais. Os Estados Unidos são contra.

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