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A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira (17)que o governo federal está estudando eventuais mudanças na caderneta de poupança. A principal preocupação, segundo ela, é que não se pode confundir a caderneta de poupança com opção de investimento para grandes quantias. "O governo não tem preocupação com rendimentos maiores ou menores da caderneta de poupança do povo brasileiro. A questão é que poupança é poupança e investimento é investimento", disse.

Para Dilma, não se pode sustentar a rentabilidade de investidores que estavam investindo em outro fundo e agora olharam para a poupança e viram uma oportunidade e, então, mudaram de aplicação. "Não é isso", disse Dilma, acrescentando que ainda não há um modelo pronto e aprovado para mudança na caderneta de poupança.

Combustível

Dilma admitiu que, se os preços do petróleo mantiverem a queda permanente, a tendência é de que haja uma adequação dos atuais preços dos combustíveis aos níveis internacionais. "A União está avaliando as condições em que isso se dará. Mas quem faz as modificações é a Petrobras.

Dilma lembrou que o governo não elevou os preços dos combustíveis quando a cotação do petróleo estava subindo, em meados do ano passado, e não fará um ajuste para baixo só porque as cotações diminuíram, após o pico de quase US$ 150 o barril, - a menos que essa queda seja permanente. "Não funcionamos como sombra do mercado internacional, nem apostamos na volatilidade dos preços do petróleo.

A ministra disse que as decisões sobre os preços dos combustíveis não são políticas. "Talvez política econômica, mas não parlamentar. É no sentido de haver oportunidade." Ela, contudo, chamou a atenção para o fato de que avaliar que o mercado internacional de petróleo é livre "é no mínimo uma ingenuidade"

Superávit

A ministra da Casa Civil defendeu a medida adotada esta semana pelo governo federal de reduzir a meta de superávit primário (economia que o governo faz para pagamento de juros da dívida) de 2009, de 3,8% para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ela, a mudança foi adotada diante da crise financeira internacional, mas o governo possuía margens de manobra para a diminuição. "Não significa que abandonamos isso. Tanto é que a meta (de superávit) para 2010 é de 3,3%.

A ministra ressaltou que o esforço não foi adotado apenas para cumprir os compromissos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Nós temos a consciência de que não vivemos um momento normal na economia em 2009 e para recuperar a normalidade no Brasil tem de ser com crescimento, crescimento, crescimento. E para isso vamos reduzir o superávit primário", afirmou.

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