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A presidente eleita, Dilma Rousseff, tem dado todos os sinais de que manterá Guido Mantega no Ministério da Fazenda, como lhe sugeriu Luiz Inácio Lula da Silva. É a mostra de que pretende dar continuidade à política econômica de metas de inflação e câmbio flutuante, mas com a exigência de que os juros caiam progressivamente, para que cheguem a 2% ao ano até 2014.

Na convivência diária que teve com Mantega desde segunda-feira, quando viajaram juntos para Seul, Dilma se convenceu, segundo um interlocutor de ambos, de que o ministro tem o controle das informações sobre a economia e de que ele está no rumo da política que deseja imprimir ao setor, com o Estado fazendo o papel de indutor do crescimento econômico.

Nos últimos quatro dias, Dilma não deu um passo sem que Mantega estivesse ao seu lado. O ministro a pôs ao par de tudo o que estava ocorrendo no G-20, a reunião de cúpula dos países mais ricos, que termina hoje em Seul. Explicou-lhe que a posição brasileira é a de negociar com os Estados Unidos - e não só combater - na busca de uma forma que reduza a guerra cambial que está no auge, motivada pela decisão do governo norte-americano de emitir U$ 600 bilhões.

A manutenção de Mantega, no entanto, não garante a permanência de um de seus principais auxiliares, o titular da Receita Federal. Desgastado com a quebra de sigilo fiscal de familiares do ex-governador José Serra e do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas, Otacílio Cartaxo não deve ser mantido.

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