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R$ 455 milhões é o valor aproximado da dívida da Diplomata e das empresas do grupo liderado pelo deputado federal Alfredo Kaefer.

Com dívidas de aproximadamente R$ 455 milhões, que culminaram em um processo de recuperação judicial, o frigorífico Diplomata deu um passo que pode acalmar os credores da empresa. Foi apresentado à Justiça na última terça-feira o plano de recuperação judicial, que define as medidas a serem tomadas para garantir o pagamento das dívidas. A empresa teve 60 dias para apresentar o documento, que agora será avaliado judicialmente. Apesar do avanço, os avicultores que alojam para a empresa relatam que ainda existem problemas, como a entrega de rações para as aves.

O processo inclui o frigorífico e outras quatro empresas (Klassul Industrial de Alimentos, Attivare En­genharia e Eletricidade Ltda, Jornal Hoje Ltda. e Paper Mí­dia) que pertencem ao deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB). O parlamentar não quis se manifestar sobre o andamento do processo, mas a próxima etapa deve ser a avaliação do plano por parte do juiz, seguida de uma assembleia com todos os credores.

Luiz Osório Moraes Panza, desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) e professor do Unicuritiba, explica que o processo de recuperação judicial exige "esforço do devedor e paciência do credor". Segundo ele, após a avaliação do juiz é solicitada a opinião dos credores. "Há três caminhos: a aprovação do plano como está, a aprovação com modificações e a rejeição". Caso a última opção seja escolhida, a falência da empresa é decretada.

Na avaliação de Panza, o fato do valor da dívida ser elevado é um fator que pode alongar as negociações. "A assembleia será o divisor de águas, pois a empresa deverá estar muito bem subsidiada de argumentos para provar que o plano é viável", complementa.

Problemas continuam

Nos aviários o problema da falta de ração, que havia sido contornado, voltou a incomodar. Dari Possato, presidente da Associação de Avicultores de Capanema e Planalto, conta que há lotes que não são alimentados há três dias. "Os pintinhos estavam bons, mas a ração faltou de novo", relata. Em outra associação próxima, a dos Avicultores da Microrregião de Fronteira, o presidente Jaime Lazaroto relata que um de seus lotes ficou 4 dias sem ração. "Há casos de associados em que chegou a 5 ou 6 dias seguidos", conta. Os dois dirigentes contam que ainda não têm informações concretas sobre a recuperação.

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