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Enquanto o mercado financeiro vive a instabilidade causada pela crise das dívidas públicas na União Europeia, uma bomba de efeito retardado está armada para explodir em parte dos 27 países do bloco: o endividamento privado. Em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Itália e Grécia, a soma das dívidas contraídas nos anos 1990 e 2000 por famílias e empresas varia entre 130% e 255% do Produto Interno Bruto (PIB), expondo o sistema financeiro ao risco das falências privadas.

A advertência mais recente para o problema foi feita pela agência de classificação de risco Fitch Ratings, em seu último relatório sobre a Espanha. A análise do risco, entretanto, não é nova. Dados do Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat) relativos a 2008 já alertavam para a dimensão do perigo instalado na economia no bloco.

Naquele ano, a dívida acumulada das famílias e das empresas em Portugal atingia 255% do PIB, um recorde continental. Na Espanha o total representava 220% das riquezas do país. Desde então, esses números não sofreram alterações significativas. No Reino Unido, o endividamento está na casa de 185%. Na França, o volume de dívidas de companhias e famílias chega a 159% do PIB, à frente de países tidos como menos rigorosos, como Itália (138%) e Grécia (130%).

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