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São Paulo – O desânimo causado pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ontem de manhã, teve reflexo negativo sobre a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – queda de 1,63%, para 39.751 pontos, com giro de R$ 2,888 bilhões.

"O mau humor nas Bolsas européias e americanas no começo do dia também explica essa queda", afirma Luiz Antônio Vaz das Neves, diretor da área de pesquisas da corretora Planner. "À tarde, a Bolsa de Nova York e a Nasdaq se recuperaram, mas o clima negativo causado pela ata do Copom impediu a Bovespa de acompanhar esse movimento."

Depois da euforia dos últimos dias – a Bovespa superou ontem pela primeira vez na história os 40 mil pontos – a maior parcela dos analistas de mercado passou a apostar que, após outro corte da Selic de 0,75 ponto porcentual em maio, a autoridade monetária vai fazer uma pausa para avaliar os efeitos da queda sobre a atividade econômica antes de tomar outras medidas. Outros especialistas já mudaram de opinião e prevêem um corte de apenas em 0,5 ponto.

Entre os motivos para a cautela do Copom, os economistas citam as incertezas em relação ao cenário externo, como a trajetória dos preços do petróleo e dos juros nos EUA, e o medo de afrouxamento da política fiscal do governo.

Dólar

O preço do dólar comercial também foi afetado pela ata, e chegou a atingir R$ 2,13 no meio da manhã. No entanto, a moeda americana terminou o dia em queda de 0,66%, vendido a R$ 2,105 – o menor valor desde 2001. A baixa cotação foi influenciada pelo anúncio do banco central norte-americano (Fed) de que pode haver pausa na elevação da taxa básica de juros dos EUA.

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